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O governo de Jair Bolsonaro deve anunciar depois do carnaval a prorrogação do auxílio emergencial. O plano em estudo é pagar três parcelas de R$ 200 a partir de março. O benefício deve ser restrito a cerca de metade dos trabalhadores atendidos pelo programa no ano passado.

O governo vem sendo pressionado pelo Congresso e pela ala política a retomar o auxílio. A medida é vista por auxiliares do Palácio do Planalto como importante para a campanha de reeleição de Bolsonaro. Há receio, porém, de que parlamentares elevem o valor das parcelas, como ocorreu no ano passado.

Projeções com a parcela fixada em R$ 200 estimam custo de R$ 18 bilhões. A solução debatida é manter o programa fora do teto de gastos. O auxílio seria bancado por meio de créditos extraordinários, mecanismo adotado em despesas emergenciais do combate à pandemia.

A equipe econômica, no entanto, ainda defende que qualquer medida seja compensada por ações de ajuste fiscal e tenta negociar corte de despesas. Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que há “pouco ou nenhum” espaço fiscal para nova rodada do programa. Segundo Campos Neto, ampliar gastos sem apresentar contrapartidas seria uma sinalização ruim para o mercado. (Essencial – O Globo)