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A tentativa do delegado da Polícia Federal Wedson Cajé de fazer uma investigação irregular contra o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, levou o titular da SES, ainda em 2017, a ingressar com um Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região para suspender o inquérito ilegal.

O delegado Cajé desejava investigar Carlos Lula – que tem foro por prerrogativa de função – sem autorização da Justiça Federal. O delegado abriu uma segunda investigação no caso IDAC para atingir o secretário de Saúde. Uma arbitrariedade contida com o ajuizamento do HC.

Porém, a desembargadora que recebeu o HC jamais julgou o recurso. Em fevereiro deste ano, a magistrada retificou uma decisão sua anterior no caso. Como já havia na ação um ato da Procuradoria da República, o pedido de habeas corpus do secretário Carlos Lula foi encaminhado para o ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, já prevento nos casos da Operação Pegadores, na semana passada.

De forma equivocada, provavelmente por desinformação, setores da blogosfera tentaram, nesse domingo, 15, criar um elo entre o suicídio do médico Mariano de Castro e Silva, na última quinta-feira, 12, e o Habeas Corpus ajuizado no ano passado pela defesa de Carlos Lula.

Na publicação de um blog, é possível constatar, na ficha da movimentação processual publicada, que o HC é de 2017 e não da semana passada, como foi passado para a opinião pública.