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O deputado federal e ex-prefeito de Caxias Paulo Marinho foi acusado, nesta sexta-feira, 4, na 17ª Delegacia Regional de Polícia daquele município, de promover agressões verbais contra funcionários do setor de Tributação local e de destruir uma máquina filmadora da TV Guanaré. Marinho diz que perdeu o controle ao se sentir intimidado.

O boletim de ocorrências foi registrado pelo cinegrafista Romualdo de Oliveira Soares, de 24 anos, juntamente com as repórteres Danielle dos Santos Araújo Mendonça, 36 anos, e Maria de Fátima da Silva Barros, 30 anos.

Conforme relato de funcionários do setor de Tributação da prefeitura, Paulo Marinho tinha em suas mãos o documento de um terreno e queria que o município diminuísse o valor de avaliação do terreno, pois, segundo ele, o valor não condiziria com a área. Com as explicações de que isso não seria possível, o ex-deputado teria se alterado.

O diretor da Tributação, identificado como Geovanne, tentou acalmá-lo, explicando que da forma que ele queria, o setor de tributação não podia fazer, pois estaria infringindo a lei do código tributário. O ex-prefeito insistiu afirmando que era advogado, que o terreno era dele, que precisava negociar o imóvel, que ele entendia de tudo e que ia ‘fazer e acontecer’. Diante dos fatos apresentados pelo chefe da tributação de Caxias, o ex-deputado, segundo Geovanne, não conteve os ânimos e saiu ofendendo todo mundo. Antes de chegar à porta, deparou com uma equipe da televisão Guanaré que estava na sala a trabalho. Fora de si, Paulo Marinho arrancou de um tripé o equipamento de filmagem operado pelo cinegrafista Romualdo Soares e o jogou no chão, destruindo-o.

Taxa aumentada – Em contato com O INFORMANTE, o ex-deputado Paulo Marinho deu a sua versão para o incidente: “Fui na prefeitura tratar de um assunto referente a uma cobrança indevida de impostos que estava sendo feita pelo setor tributário da Prefeitura. Deixaram-me em uma sala aguardando por quase uma hora. Após emitirem uma guia de DAM totalmente errada, chamaram, sem nenhum motivo, a TV Guanaré, de propriedade do prefeito Fábio Gentil, mas registrada em nome de Paulo Riziero e esposa, e posicionaram a câmera na saída da sala de tributação. A cena dirigida pelo senhor Beto Ferreira, funcionário da Guamaré que se encontrava no recinto, visava me causar constrangimento. Pedi para não ser filmado, mesmo porque não havia nada a tratar com a imprensa. Mesmo assim, fui constrangido, havendo o câmera recebido ordens para avançar em minha direção com a câmera no que tive que repelir a agressão”.