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Uma nova empresa é responsável pela operação do ferry boat de Guaratuba, no litoral paranaense, desde às 0h01 desta quinta-feira, 10. O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), Fernando Furiatti, anunciou, nessa quarta, 9, o contrato de caducidade com a atual concessionária que opera a travessia. A empresa Internacional Marítima, que faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, na Bahia, e já tem mais de 30 anos de mercado, deve atender o local de forma emergencial por seis meses, até ser aberta uma nova licitação.
“Vai ser uma operação emergencial porque vínhamos tentando que a concessionária que está lá cumprisse tudo o que estava no edital para o qual ela foi contratada. Após não termos sucesso administrativamente, chegamos à caducidade do contrato”, explicou Furiatti. “Com isso, à 0h01 entramos com uma nova empresa, por um período de seis meses. Ela vai fazer a operação e também os investimentos necessários para que continue sendo uma travessia segura para os usuários que passam por Guaratuba e Caiobá”.
Encerramento – O encerramento com a empresa anterior foi motivado pelo não cumprimento das cláusulas previstas no contrato para o atendimento da população. Até então, o Governo do Estado já aplicou 141 autos de infração na empresa, processos que continuarão em andamento. A troca emergencial, mesmo durante a temporada de verão, teve o aval da Controladoria-Geral do Estado (CGE).

Expansão pelo Brasil – Diretor presidente da Internacional Marítima, o empresário Luiz Carlos Cantanhede comemorou o anúncio feito pelo diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), Fernando Furiatti. Afirmou que é gratificante ver o reconhecimento do trabalho de uma empresa que está se expandindo pelo Brasil inteiro e hoje é considerada uma das melhores do país nesse segmento marítimo.

No Maranhão, Luiz Carlos Cantanhede avança com projetos para construção e ampliação do Estaleiro São Luís, com investimentos previstos de R$ 250 milhões no setor naval maranhense. Os recursos para o projeto do Estaleiro São Luís, pertencente ao  Grupo Internacional Marítima, já foram assegurados por instituições e fundos de financiamento, tais como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo da Marinha Mercante (FMM).

“Este projeto tem muita importância para o desenvolvimento do Maranhão, por consolidar a instalação da indústria naval em nosso estado e a geração de emprego e renda”, disse Cantanhede.

Os investimentos projetados pelo Estaleiro São Luís preveem R$ 130 milhões para as obras de um dique flutuante; outros R$ 32,8 milhões para construção de 13 embarcações entre catamarãs e ferry-boats e R$ 60 milhões nas obras de ampliação do estaleiro. Somente as obras do estaleiro gerariam, no pico da operação, 1.400 empregos. Previsto para operar em três fases, apenas na primeira fase foram gerados 456 empregos, com um investimento de R# 60 milhões.

Das três etapas de operações previstas no Estaleiro São Luís, na Ponta da Espera, a primeira etapa era dedicada apenas ao conserto, construção e manutenção de embarcações menores e construções, como os ferry-boats que fazem a travessia da Baia de São Marcos. Nessa fase foram gerados 184 empregos diretos e 272 indiretos.
“Temos muitas embarcações, mas não temos estaleiros. Quando necessário, todos os reparos são feitos fora do Maranhão e do Brasil, porque aqui não tem onde fazer. Esta fase foi totalmente implantada com recursos próprios da companhia.”, revelou Luiz Carlos.