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A Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) emitiu nota, na manhã desta sexta-feira, 22, externando “profundo pesar” pelo falecimento do poeta, escritor e jornalista maranhense Cunha Santos (Jonaval Medeiros da Cunha Santos). O jornalista morreu nessa quarta-feira, 21, aos 68 anos, na UPA do Vinhais, depois de sofrer duas paradas cardíacas.

“Natural de Codó, Cunha Santos nasceu no dia 10 de novembro de 1952, mas ainda jovem estabeleceu residência em São Luís. Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Cunha Santos se engajava em causas sociais na segunda metade da década de 1970, participando ativamente dos movimentos contra a ditadura militar e na Greve da Meia Passagem, em 1979”, diz a nota da Secom.

“A atuação em causas sociais definiu o estilo e temas abordados por Cunha Santos em sua obra poética e literária. Autor de obras como ‘Meu calendário em pedaços’, ‘O esparadrapo de março’, ‘Paquito, o anjo doido’, ‘Pesadelo’ (contos), ‘Odisseia dos Pivetes’ (poema), ‘A madrugada dos alcoólatras’ e ‘Vozes do Hospício’, Cunha Santos sempre ‘deu voz a segmentos marginalizados’, como frisa o jornalista e diretor de jornalismo da Rádio Timbira AM, Ribamar Praseres, emissora à qual Cunha Santos estava vinculado”.

“Ele é um ícone do jornalismo maranhense. Em seu trabalho como jornalista, ele sempre teve foco no jornalismo político, mas como escritor ele deu voz a segmentos marginalizados, devido sua atuação nos anos 70 e 80. Cunha Santos contribuiu muito com o avanço da consciência dos maranhenses sobre os seus problemas sociais”, reforça Praseres.

Acrescenta a Secom: “Como escritor venceu seis festivais literários no Maranhão, como jornalista trabalhou na redação de vários jornais, como o Jornal Pequeno, e, mais recentemente, estava como servidor da Rádio Timbira, apresentando os programas ‘Redação 1980’ e ‘Contraponto'”.

E finaliza: “Sempre atento aos fatos e uma leitura crítica dos acontecimentos, o jornalista usava seu blog pessoal, o JM Cunha Santos, como uma das principais ferramentas para denunciar temas de interesse público. A Secom/MA e toda a imprensa maranhense se sentem enlutados com essa irreparável perda para o jornalismo maranhense”.