“Natural de Codó, Cunha Santos nasceu no dia 10 de novembro de 1952, mas ainda jovem estabeleceu residência em São Luís. Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Cunha Santos se engajava em causas sociais na segunda metade da década de 1970, participando ativamente dos movimentos contra a ditadura militar e na Greve da Meia Passagem, em 1979”, diz a nota da Secom.
“A atuação em causas sociais definiu o estilo e temas abordados por Cunha Santos em sua obra poética e literária. Autor de obras como ‘Meu calendário em pedaços’, ‘O esparadrapo de março’, ‘Paquito, o anjo doido’, ‘Pesadelo’ (contos), ‘Odisseia dos Pivetes’ (poema), ‘A madrugada dos alcoólatras’ e ‘Vozes do Hospício’, Cunha Santos sempre ‘deu voz a segmentos marginalizados’, como frisa o jornalista e diretor de jornalismo da Rádio Timbira AM, Ribamar Praseres, emissora à qual Cunha Santos estava vinculado”.
“Ele é um ícone do jornalismo maranhense. Em seu trabalho como jornalista, ele sempre teve foco no jornalismo político, mas como escritor ele deu voz a segmentos marginalizados, devido sua atuação nos anos 70 e 80. Cunha Santos contribuiu muito com o avanço da consciência dos maranhenses sobre os seus problemas sociais”, reforça Praseres.
Acrescenta a Secom: “Como escritor venceu seis festivais literários no Maranhão, como jornalista trabalhou na redação de vários jornais, como o Jornal Pequeno, e, mais recentemente, estava como servidor da Rádio Timbira, apresentando os programas ‘Redação 1980’ e ‘Contraponto'”.
E finaliza: “Sempre atento aos fatos e uma leitura crítica dos acontecimentos, o jornalista usava seu blog pessoal, o JM Cunha Santos, como uma das principais ferramentas para denunciar temas de interesse público. A Secom/MA e toda a imprensa maranhense se sentem enlutados com essa irreparável perda para o jornalismo maranhense”.