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O diretor-presidente da Valec, André Kuhn, declarou, nessa quinta-feira (3), que não há viabilidade econômica para a imediata construção de um ramal ferroviário ligando as cidades de Balsas e Estreito, no Maranhão.
Para a Valec, segundo André Kuhn, a prioridade da empresa no momento será a construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), com aproximadamente 1527 km de extensão, que ligará o futuro porto de Ilhéus (no litoral baiano) a Figueirópolis (em Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte Sul.
“Não se pode esquecer o seguinte: quem quer fazer muito acaba não fazendo nada. Nós temos um empreendimento, que é a Fiol, que está há mais de 10 anos em andamento. E o meu compromisso é concluir a Fiol. Nós temos a Transnordestina, que é outro empreendimento importante para a região e que vai estimular muito a economia local e vai contribuir também para aumentar a malha ferroviária”, afirmou o diretor-presidente da Valec, André Kuhn.
Ele acrescentou que, diante de outras prioridades, a construção do ramal de Balsas deve ficar para daqui a oito anos talvez.
“Não posso ser irresponsável em dar início, de imediato, a empreendimentos novos, sem dar solução para os empreendimentos que estão em andamento. Vale lembrar: um estudo de viabilidade de um projeto ferroviário é mais complexo do que um projeto rodoviário”, frisou André Kuhn.
Ele foi enfático ao afirmar que atualmente, para a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura, “a nossa meta é: concluir o que foi iniciado”.

O Jornal Pequeno publicou, na edição de 8 de agosto passado, um artigo assinado pelo vice-governador, Carlos Brandao, intitulado “Estreito e Balsas: unidas pelos trilhos”.
Neste artigo, Brandão destaca a importância da construção de novo ramal da Estrada de Ferro Carajás, assegurada em recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).
O novo trecho, que ligará Balsas a Estreito, é “um prenúncio de mais desenvolvimento econômico, além de reduzir muito os custos para transporte de fertilizante e da produção de grãos, que terá seu caminho facilitado até os Portos do Itaqui; o Porto São Luís, que segue sendo implantado e o futuro Porto de Alcântara”, salienta Brandão.
A indicação favorável à construção do ramal ferroviário Porto Franco-Balsas, acatando recomendação sugerida pelo vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, foi apoiada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, e pelos demais líderes empresariais do Estado.

É hora, portanto, de o Maranhão se unir e reagir, com o Governo do Estado, a Bancada Federal do Maranhão no Congresso Nacional e toda a classe empresarial.