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Ninguém é insubstituível, mas a demissão, neste momento, de um auxiliar de governo que tem a confiança da maior parte dos brasileiros na guerra contra o coronavírus seria uma decisão errada, para não dizer um desastre para o país.

Está muito claro que o presidente Jair Bolsonaro não quer mais Luiz Henrique Mandetta no comando do Ministério da Saúde. Nem precisa listar os motivos, muito menos o principal deles, que remete a um presidente ofuscado pelo subordinado. Vamos nos ater à questão da hierarquia. O chefe da Nação quer exonerar o auxiliar porque ele não segue a sua linha, uma linha, que, aliás, defende quase que isoladamente, seguido por ultra bolsonaristas, porque até os bolsonaristas que conseguem enxergar melhor talvez já não o apoiem tanto assim.

Assim, entremos numa máquina do tempo e nos coloquemos diante do Holacausto. Hitler quer exterminar os judeus, mas um dos seus generais é contra. Precisa, então, ser exonerado, porque não está seguindo a linha do comandante.

Ressalte-se que, voltando aos tempos atuais, não é só Mandetta que está contra a tese anti-isolamento do chefe. Da mesma forma pensam outros auxiliares do presidente, como Paulo Guedes e Hamilton Mourão, só para citar dois.