O juiz Raul José Goulart Júnior solicitou uma auditoria na Vara Especial Colegiada de Crimes Organizados, onde atua, após suspeitas de vazamento do caso que envolve a plataforma Fortune Tiger, conhecida popularmente como “Jogo do Tigrinho”.
A solicitação foi feita por meio de ofício encaminhado pelo juiz à Coordenadoria de Sistema de Informação do Tribunal de Justiça do Estado.
A decisão do magistrado indica suspeitas de vazamento nas investigações que acontecem desde o ano passado.
Terceira fase – Em 20 de fevereiro passado, na terceira fase da operação “Quebrando a Banca”, a Polícia Federal prendeu os pais da influenciadora Skarlete Mello, que já estava detida no mesmo processo. Alguns advogados foram detidos sob suspeita de vazamento de informações.
Na semana passada, o advogado Aldenor Cunha Rebouças Júnior apresentou uma denúncia à Vara Especial Colegiada de Crimes Organizados (VECCO) alegando “gestão criminosa” do sistema de sigilo, envolvendo também um ex-titular da vara. Posteriormente, foi revelado que já havia um pedido de auditoria feito pelo juiz Raul José Goulart Júnior, que suspeitava que uma de suas decisões pudesse ter tido seu sigilo comprometido.
No dia 19 de janeiro, o juiz encaminhou a solicitação de auditoria ao Coordenador do Sistema de Informação do Tribunal de Justiça, Antonio Sá Fernandes Palmeira Filho, referente ao processo nº 0868675-23.2023.8.10.0001. Ele indicou que havia indícios de comprometimento do sigilo em uma de suas decisões.
O pedido de auditoria veio à tona após a revelação da denúncia de Aldenor Rebouças, antecipando-se à determinação do desembargador Vicente de Castro, relator da denúncia, que deferiu parcialmente a liminar para garantir à parte denunciante acesso imediato aos elementos e diligências concluídas nos autos.
