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O adeus ao idoso Quirino da Silva Souza, carpinteiro aposentado, tomou um rumo inusitado quando sua família decidiu velá-lo de maneira diferente: sentado em uma poltrona, como se participasse de uma reunião. A decisão veio da vontade de homenagear a personalidade do falecido, conhecido por sua sociabilidade e amor às conversas, apesar de ter passado seus últimos anos acamado devido ao Alzheimer severo.

“Meu pai ficou 10 anos acamado, então é muito gratificante fazer a última homenagem com ele sentado, pois gostava de conversar com as pessoas. Quis dar essa oportunidade aos nossos familiares”, compartilhou emocionada a filha de Quirino, Flávia Silva.

O velório ocorreu na Funerária Paz Universal, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital de Goiás. Quirino faleceu em 1º de março e foi sepultado no sábado seguinte, no Cemitério Jardim da Esperança.

“Tornamos possível a oportunidade de a família prestar a última homenagem de uma forma que reflete a singularidade do falecido”, disse Wanderley Rodrigues, diretor-executivo do Grupo Paz Universal.

Embora velórios semelhantes tenham sido relatados em outros países como Costa Rica, México e Estados Unidos, o caso de Quirino é o primeiro do tipo registrado no Brasil.

Apesar da cerimônia ter sido realizada com o corpo sentado, o enterro seguiu o protocolo tradicional, com o corpo deitado no caixão. “O cemitério não aceita o enterro sem ser na urna”, esclareceu Wanderley. Os técnicos da funerária utilizaram substâncias para ajustar a posição do cadáver, possibilitando o último tributo a Quirino de acordo com o desejo de sua família.

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