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Um dos mais criteriosos projetos de impulso ao desenvolvimento econômico do Maranhão está, há sete meses, engavetado no Ministério da Economia, sem nenhum parecer conclusivo, sem o esperado decreto de autorização e ainda com grave ameaça de permanecer paralisado. Todos os prazos e exigências foram rigorosamente cumpridos para que o estado tivesse, finalmente, sua Zona de Processamento de Exportação do Maranhão (ZPE-MA), mas a iniciativa tem encontrado obstáculos inadmissíveis para um país que almeja a melhoria dos indicadores socioeconômicos; sobretudo, nas regiões de maior pobreza. O entrave se encontra justamente – e, contraditoriamente – na própria Secretaria Executiva do Conselho das ZPEs, sob a coordenação do secretário executivo, Clovis Cintra. Com o argumento equivocado de “aperfeiçoar essa política” e de “atualização da legislação’, a secretaria está criando um grupo de trabalho para revisão da lei, com objetivo de rever a política pública das ZPEs, em um prazo de seis meses. Com isso, todo o programa brasileiro de criação das áreas de livre comércio com o exterior ficará paralisado, sem justificativas consistentes.

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As declarações contrárias às ZPEs foram dadas pelo próprio secretário executivo, na 18ª edição da Expolog, Feira Internacional de Logística, maior feira de logística do Norte/Nordeste, na semana passada, no Ceará. Cintra mencionou a necessidade de uma “nova política pública”, criticou os “objetivos da lei”, classificando-os de “inconciliáveis” e afirmou que quando foram criadas as Zonas de Processamento de Exportação “a balança comercial do Brasil estava deficitária”, e que isso “não corre hoje em razão do sucesso das exportações do agronegócio”. Chegou a citar que muitas ZPEs foram “canceladas” porque “nunca tiveram indústrias interessadas”. Qual seria o interesse em “revisar” uma legislação a favor do crescimento de qualquer segmento comercial para o mercado internacional? Qual empresário não teria interesse em ver sua produção exportada?

Em abril deste ano, o Governo Federal chegou a autorizar a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada, no município de Aracruz, no Espírito Santo, a primeira ZPE privada do país. A medida prejudica, com mais gravidade, a criação da Zona de Processamento de Exportação do Maranhão, cujo projeto chamou a atenção de empresários norte-americanos do Oil Group, que, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE), anunciaram a intenção de investir 1 bilhão de dólares em uma refinaria.

Com previsão de geração de 30 mil empregos diretos e indiretos, mais de 15 bilhões de reais em investimentos nos próximos cinco anos, o projeto está ameaçado mesmo após o compromisso do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin, em autorizar a ZPE-MA.

Os onze deputados federais maranhenses que compõem a Frente Parlamentar em Defesa das Zonas de Processamento de Exportação precisam entrar em ação!!!

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