O Portal O INFORMANTE teve o prazer de entrevistar o vereador eleito Douglas Pinto, um profissional que, em sua primeira corrida eleitoral, conquistou a impressionante marca de mais de 16 mil votos, a maior votação já registrada para um vereador em São Luís. Com uma trajetória marcada pelo jornalismo e pela dedicação às causas sociais, Douglas se destaca como uma nova esperança para a política local, trazendo a perspectiva de um eleitorado consciente que anseia por mudança.
Nesta entrevista, Douglas Pinto compartilha sua visão sobre o que motivou sua expressiva votação, como pretende atender às expectativas dos seus eleitores e suas impressões sobre o atual cenário político da capital. Ele também aborda sua relação com o prefeito Eduardo Braide e sua perspectiva sobre o futuro da gestão municipal, além de discutir o papel da imprensa e a Câmara na política atual.
Acompanhe nossa conversa com Douglas Pinto e conheça mais sobre suas propostas e planos como vereador de São Luís:
O INFORMANTE: Você atribui a que a expressiva votação que obteve na capital?
DOUGLAS PINTO: Em primeiro lugar, eu atribuo esta grande votação àquele eleitor consciente, que não vende seu voto. Esse eleitorado existe e está aí provando a sua força. Aqui em São Luís, a gente sabe que, muitas vezes, tem candidato que acha que só comprando voto ele garante sua eleição. E o eleitor consciente vê isso com muita preocupação e prefere votar só no seu candidato a prefeito, e na hora de escolher o vereador não tem candidato; vota nulo, não escolhe ninguém, justamente por saber dessa prática e sem um candidato conhecido que pudesse receber essa votação espontãnea. Quando eu cheguei pra disputar a eleição as pessoas me viram como opção, por conhecer meu trabalho e saber que o meu perfil é de uma pessoa que tem um trabalho prestado e reconhecido e depositaram essa esperança de renovação em mim. Além disso, eu fiz uma campanha muito bonita, pé no pé, fazendo uma propaganda eleitoral simples, diferente dos demais, que faziam algo muito tradicional e que de certa forma era rejeitada pelo eleitor. Eu não tive comitê, preferi ir às ruas, fazer o corpo a corpo, me mostrar para a população como candidato, entregar santinhos e pedir votos diretamente pro eleitor. Era eu mesmo que adesivava os carros, ninguém fazia isso por mim. Eu que ia na casa do eleitor adesivar. Trabalhei com menos de 20 militantes, entre contratados e voluntários. E o material usado de propaganda nas ruas era moderado, nada de exagero, de ostentação. Minha caminhada nas ruas eram de 10 militantes e nas minhas carreatas só havia quatro carros. Muitos nem me viram, nem sabiam que eu era candidato, porque não tive uma campanha ostensiva na cidade. Eu fiz o simples. E Deus abençoou com grandiosidade.
O INFORMANTE: De que maneira pretende legislar para atender à expectativa de seus mais de 16 mil eleitores?
DOUGLAS PINTO: Assim como as pessoas conhecem o Douglas Pinto, aquele cara dedicato ao trabalho, eficaz naquilo que se propõe, é essa mesma força de trabalho que vou levar para a Câmara. Vou levar meu conhecimento de problemas sociais, de demandas das comunidades, de saber como resolver… é isso que vou trazer pra dentro do parlamento. Acredito que as boas ideias pra transformar em leis é o promeiro passo pra gente avançar, pra ajudar o prefeito nesse sentido e trabalhar junto com ele para melhorar a vida das pessoas.
O INFORMANTE: Como vc vê o futuro de Eduardo Braide. Muitos acham que sai para disputar o governo em 2026. E vc, Douglas Pinto, eleito com o apoio dele, o que acha?
DOUGLAS PINTO: Por onde eu ando, eu fico impressionado como há um clamor da população por um governador que seja um bom gestor como o prefeito Eduardo Braide é pra São Luís. A gente sente isso diariamente na capital. Esse é um sentimento do povo. Isso acontece porque a gente não vê a presença forte do Estado governando pra preencher as expectativas da população. E diante dessa ausência o povo pede por alguém que saiba administrar melhor os recursos públicos. Tem obra em todo bairro, o dinheiro do cidadão tá aparecendo e tá sendo bem aplicado. Eu acredito que o prefeito vai concluir o mandato dele, porque ele tem muita obra ainda por fazer. Mas ficaria muito feliz se ele fosse nosso governador. Eu tenho a esperança de que chegue à frente do governo alguém com o perfil dele, que trabalhe pela qualidade de vida dos maranheses. E meu sonho é que ele seja o governador que faça história, fazendo o que nunca ninguém fez: investir em saneamento, tirar nossa população da calamidade da falta d’água e da realidade cruel dos esgotos escorrendo a céu aberto pelas portas das casas.
O INFORMANTE: Você, como jornalista, como avalia esse “novo modelo” de Braide, de ignorar a Câmara, a imprensa, e que acabou dando certo na sua reeleição?
DOUGLAS PINTO: Eu não vejo o prefeito ignorando a Câmara nem a imprensa. Pelo contrário, a gente tem que ver o que cada um quer pra saber qual a resposta que ele dá. A câmara, a gente sabe, sempre quer algo em troca: cargos, poder. E isso ele não abre mão; ele não negocia troca de favores para que o parlamentar possa cumprir o seu dever. E a população enxergou isso no jogo político. Por isso, ele foi eleito com mais de 70% dos votos, a maior votação da história, porque ele prioriza o cidadão. E a imprensa, eu acredito que essa relação vai melhorar muito nos próximos anos. Talvez, essa relação tenha perdido um pouco o laço, porque têm muitos veículos que dependem e muitos sobrevivem de investimento do poder público, que paga as divulgações de suas ações na mídia. E é possível que esses veículos estejam sentindo muita falta disso. Mas, como eu falei, o prefeito priorizou o cidadão, fazer obras na cidade. E pra tomar essa decisão, tem que ter coragem e pulso firme pra trabalhar muito.
O INFORMANTE: Você acha que existe alguma oportunidade do Douglas futuramente deixar a cadeira de vereador para assumir a Secretaria de Comunicação?
DOUGLAS PINTO: Eu fui eleito com 16.036 votos. A maior votação da história para um vereador de São Luís. Eu já começo meu mandato fazendo história. E eu imagino o tamanho da expectativa dos eleitores em relação a mim e à minha atuação à frente do parlamento. Então, eu só me vejo nessa função. Não vejo a hora de ocupar a cadeira de vereador e seguir para a tribuna para falar e defender os direitos do cidadão ludovicense e fazer isso diariamente como um legítimo representante do povo de São Luís.