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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com veto, uma lei que restringe as “saidinhas” temporárias de presos em feriados e datas comemorativas, foram objeto de discussão. O projeto aprovado pelo Congresso Nacional em março concedia o benefício apenas aos detentos em regime semiaberto, permitindo que saíssem para cursar supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior.

Presidente Lula

No entanto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recomendou o veto do presidente. Segundo ele, a proibição de visitas familiares aos presos que já se encontram no regime semiaberto viola princípios fundamentais da Constituição, como o princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da individualização da pena, além da obrigação do Estado de proteger a família.

A nova lei proíbe a saída temporária de presos condenados por crimes hediondos, com violência ou grave ameaça, como estupro, homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e tráfico de drogas. Além disso, a legislação prevê o uso de tornozeleiras eletrônicas para que os presos possam sair para trabalhar durante o dia e endurece os critérios para prorrogação de regime.

Antes da sanção da nova lei, os detentos do regime semiaberto tinham direito a sair até cinco vezes ao ano, sem vigilância direta, para visitar a família, estudar fora da cadeia ou participar de atividades de ressocialização.

Críticas – O veto do presidente Lula repercutiu na Câmara. O deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos) afirmou que os parlamentares vão derrubar o impedimento. “Vamos derrubar os vetos e manter o fim das saidinhas”, disse.

Parte da lei que foi vetada por Lula será reavaliada pelo Congresso Nacional que poderá manter ou derrubar o veto do presidente.

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