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Na madrugada desta quinta-feira, 26, Daniel da Costa Silva, de 39 anos, foi preso em Lindoeste, no Pará, acusado de ser o responsável pela morte de sua ex-mulher, Patrícia Almeida Silva, de 34 anos.

O crime ocorreu no dia 4 de novembro de 2023, na cidade de Imperatriz, e sua prisão é resultado de uma investigação conjunta das polícias civis do Maranhão e Pará, impulsionada por denúncias anônimas.

A vítima foi morta com um tiro na cabeça após ser sequestrada por Daniel, que não aceitava o fim do relacionamento.

O corpo dela foi encontrado apenas nove dias depois, no dia 12 de novembro, em uma fazenda na zona rural de Governador Edison Lobão, onde já estava em estado avançado de decomposição.

A motivação do crime está ligada ao término do relacionamento entre o casal.

O acusado demonstrou comportamentos violentos em diversas ocasiões, e Patrícia havia conseguido uma medida protetiva contra ele após um episódio de sequestro e agressão em julho de 2023.

Naquela ocasião, Daniel havia abordado Patrícia na rua, forçando-a a entrar em seu carro e agredindo-a fisicamente.

O ato foi registrado por câmeras de segurança, o que facilitou a emissão do mandado de prisão contra ele, mas Daniel continuou foragido até o crime de novembro.

DESAPARECIMENTO E LOCALIZAÇÃO DO CORPO

No dia do desaparecimento, Patrícia saiu de casa para trabalhar e não retornou, levando sua família a suspeitar do ex-marido, que já estava foragido desde julho.

A família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Mulheres de Imperatriz, e as investigações logo apontaram Daniel como principal suspeito.

As buscas por Patrícia culminaram no triste achado de seu corpo, reconhecido por familiares devido a roupas e objetos pessoais.

A perícia confirmou que a causa da morte foi um tiro na cabeça.

O carro utilizado por Daniel no sequestro foi localizado pela Polícia Militar na zona rural de Davinópolis, apresentando manchas de sangue, reforçando a tese de feminicídio.

ENVOLVIMENTO DO PADASTRO

Durante as investigações, o padrasto de Daniel foi preso temporariamente, sob suspeita de ter ajudado a ocultar o veículo utilizado no crime.

O delegado James dos Anjos, da Delegacia de Homicídios de Imperatriz, destacou a possibilidade de novas prisões à medida que a investigação avançasse.

Após o crime, Daniel fugiu para o Pará e foi visto pela última vez no distrito de Lindoeste, onde foi capturado.

As autoridades realizaram buscas intensivas na região, utilizando cartazes de procurado e oferecendo uma recompensa de R$ 11 mil por informações que levassem à sua localização.

A PRISÃO

A prisão de Daniel ocorreu em uma propriedade rural, onde ele estava escondido.

Ele não resistiu à abordagem policial e foi levado para a Delegacia de Tucumã, no Pará, antes de ser transferido para Imperatriz.

Daniel enfrentará acusações de feminicídio, sequestro e violência doméstica, com indícios de que ele havia planejado o crime devido ao histórico de abuso contra Patrícia.

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