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A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, deu continuidade à operação Grimpas – Areal Devastado, com a finalidade de reprimir a extração ilegal de ouro e os danos ambientais na Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses.

A investigação iniciou em um Inquérito Policial instaurado após relatos da presença de uma mineração clandestina a céu aberto, causando sérios danos ao meio ambiente no Povoado Areal, localizado em Godofredo Viana. Essa atividade criminosa resultou na contaminação do corpo hídrico por metais pesados, como o mercúrio, além da destruição da vegetação e erosão do solo.

A utilização de tecnologia geoespacial desempenhou um papel fundamental na identificação de múltiplos garimpos clandestinos na região, bem como na identificação de maquinário pesado, incluindo escavadeiras e tratores.

A operação mobilizou mais de 100 agentes públicos, entre eles a Polícia Federal, o IBAMA e a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Grupos especializados da PF, como o Comando de Operações Táticas (COT) e o Grupo de Pronta Intervenção (GPI), assim como o Centro Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, também participaram da ação.

Durante a operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, emitidos pela 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da SJMA. Cinco mandados foram executados em residências, e um abrangeu toda a área dos garimpos clandestinos.

A ação contou com base em ordens judiciais e no Decreto Federal nº 6.514/2008, que resultou na apreensão e subsequente destruição ou inutilização de equipamentos e instrumentos utilizados na extração ilegal e processamento do ouro. Essa medida se justificou devido a circunstâncias que tornaram o transporte e a guarda inviáveis, visando evitar riscos aos agentes públicos e ao meio ambiente.

Esta é a segunda fase da operação, iniciada em 27 de setembro, quando a PF lançou a operação Grimpas – Dupla Usurpação, com o objetivo de combater outros garimpos clandestinos na mesma região. Os envolvidos enfrentarão acusações de usurpação de bens da União, contrabando, receptação qualificada e diversos crimes ambientais, com consequências prejudiciais aos cofres públicos e ao ecossistema local.

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