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A produção das urnas eletrônicas do modelo mais novo (UE2022) está a pleno vapor. Na fábrica da empresa Positivo Tecnologia, vencedora da licitação realizada em 2021, 326 funcionárias e funcionários se dividem em dois turnos para montar o equipamento, realizar atividades de controle de qualidade e planejar a logística de distribuição. Neste ano, 53.304 novas urnas eletrônicas foram entregues à Justiça Eleitoral.

Desse total, 246 foram recebidas em maio, 26.250 em agosto e outras 26.808 em setembro. A estimativa é de que, em outubro, mais 39.556 aparelhos sejam produzidos e remetidos aos tribunais regionais eleitorais (TREs) brasileiros. A partir deste mês, a equipe de trabalhadores se organizará em mais um turno para acelerar o ritmo e dar conta de todo o processo, que envolve a fabricação e montagem do aparelho.

A expectativa é que em março de 2024, as 219.998 urnas eletrônicas contratadas já estejam prontas para seguir até a sede de cada um dos regionais, responsáveis pela distribuição dos equipamentos nas seções eleitorais instaladas nos 27 Estados do país. É a segunda maior remessa de recebidas pela Justiça Eleitoral, ficando atrás apenas das 224.999 mil urnas UE2020, fabricadas para as Eleições 2022.

Eleições 2024: 77% das urnas usadas serão dos modelos 2022 e 2020

O motivo de tamanha mobilização é bastante nobre: renovar o parque de urnas que serão utilizadas pelo eleitorado no próximo pleito municipal, marcado para outubro do ano que vem. A UE2022 conta com as mesmas inovações tecnológicas implementadas na urna modelo 2020, que teve sua estreia nas Eleições Gerais de 2022. Além de serem mais ergonômicas, as urnas 2020 e 2022 possuem um processador mais potente e são 18 vezes mais rápidas do que o modelo anterior, fabricado em 2015.

Mecanismos de criptografia foram aprimorados

Outro importante diferencial está no aprimoramento dos mecanismos de criptografia. O algoritmo criptográfico usado na UE2022 e UE2020 é o tipo E521 (ou EdDSA), considerado um dos mais apurados do mundo.

Ambas as versões têm perímetro criptográfico certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil). Isso significa que, ao avaliar o programa embarcado e o código-fonte, um laboratório certificado pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas (Inmetro) atestou o pleno atendimento aos requisitos estabelecidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), que define as regras da ICP-Brasil.

Mas as vantagens não param por aí. Com equipamentos mais modernos, quem ganha mesmo é o eleitorado brasileiro, como explicou o coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rafael Azevedo. “Como 77% das urnas serão novas, dos modelos 2022 e 2020, a gente vai fazer uma eleição com um parque mais renovado, que tende a trazer mais estabilidade e conforto para o eleitor”, disse.

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