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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou neste sábado, 16, a Cúpula do G20 Social no Rio de Janeiro, destacando a criação de um “terceiro pilar” no grupo, além dos já consolidados pilares político e financeiro.

Em seu discurso, Lula afirmou que o G20 agora inclui oficialmente a participação da sociedade civil organizada, o que considera um avanço significativo para a construção de um mundo mais democrático, justo e diverso.

Pela primeira vez na história do G20, representantes da sociedade civil puderam interagir diretamente com chanceleres, ministros e presidentes de Bancos Centrais das maiores economias globais.

Lula enfatizou que os membros do G20 têm o poder e a responsabilidade de implementar mudanças globais significativas.

Ele mencionou iniciativas como o fortalecimento do empreendedorismo feminino, a adoção de um novo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 18) sobre igualdade racial e ações para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

LEGADO DA PRESIDÊNCIA BRASILEIRA

Segundo Lula, a mobilização social foi essencial para o avanço das prioridades estabelecidas pelo Brasil na presidência do G20. Entre elas, destacou:

– A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com foco na tributação dos super-ricos;

– O aumento do uso de energias renováveis, com a meta de triplicar sua utilização e antecipar a neutralidade de emissões;

– A reforma da governança global, para tornar as instituições multilaterais mais inclusivas e representativas.

PROPOSTAS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL

Lula também defendeu a necessidade de medidas que reduzam o custo de vida e promovam jornadas de trabalho mais equilibradas.

Ele afirmou que apresentará as recomendações do G20 Social aos demais líderes do grupo e se comprometeu a trabalhar com a África do Sul, que assume a presidência rotativa do G20 em dezembro, para dar continuidade às discussões sociais.

COMPROMISSO DA ÁFRICA DO SUL

Presente na cerimônia, o ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, destacou que o país está pronto para assumir a presidência do G20 em 2025.

Ele afirmou que manterá o padrão estabelecido pelo Brasil, com foco no envolvimento de movimentos sociais e na busca por um mundo mais equitativo e sustentável.

Lamola também chamou a atenção para o desequilíbrio no financiamento global para o combate às mudanças climáticas.

PERSPECTIVAS FUTURAS

O encerramento da Cúpula do G20 Social reforçou a importância da inclusão da sociedade civil nas discussões globais e consolidou o compromisso do Brasil em liderar debates que priorizem justiça social e climática.

Para Lula, a iniciativa representa um marco na trajetória do G20, que agora assume um caráter mais humano e voltado para as necessidades dos cidadãos.

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