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No último dia 20 de setembro, o Ministério Público do Maranhão entrou com uma Ação Civil Pública contra o Município e a Câmara de Vereadores de Pinheiro, devido a irregularidades referentes um empréstimo de R$ 37,9 milhões, que foi aprovado sem os devidos estudos de impacto financeiro e orçamentário.

Prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio

A ação, assinada por Samira Mercês dos Santos, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pinheiro, solicita, como medida liminar, a suspensão do processo de contratação do empréstimo junto ao Banco do Brasil.

Além disso, foi solicitado que a Prefeitura não contraia empréstimos sem comprovar a legalidade dos atos e a constitucionalidade das leis.

Também foi pedido à Justiça que reconheça a nulidade e ilegalidade dos atos que aprovaram os projetos de lei inconstitucionais e que o Município seja impedido de contratar empréstimos com o Banco do Brasil.

IRREGULARIDADES  – Na ação, a promotora de justiça afirmou que a operação financeira, que implicaria em uma dívida pública de mais de R$ 37 milhões, a ser paga em 10 anos, exigiria uma rigorosa análise sobre os impactos orçamentários e financeiros no município, fato ignorado pelo Executivo e Legislativo Municipal de Pinheiro.

“As falhas na fundamentação dos projetos de lei levantam preocupações sobre a responsabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas do município”, completou a promotora de justiça Samira Mercês.

A investigação teve início por meio de uma denúncia que apontou a aprovação na 32ª sessão ordinária da Câmara de Pinheiro, realizada em 25 de junho de 2024, em regime de urgência, o projeto de lei nº 012/2024.

Originado do Poder Executivo, o projeto autorizava o empréstimo e alterava a Lei Municipal nº 2.902/2023, que já permitia uma operação de crédito anterior de R$ 20.958.803,00.

Dada a gravidade da autorização para uma operação de crédito no último ano do mandato do prefeito municipal, em período eleitoral, o MPMA instaurou o Inquérito Civil nº 21/2024 para investigar a legalidade do ato”, disse.

No curso da investigação, 21 vereadores municipais, entre titulares e suplentes, foram ouvidos pela 1ª Promotoria de Justiça de Pinheiro, sobre as sessões legislativas que concederam as autorizações.

Outro ponto crítico que impulsionou o inquérito civil, é o fato de que os vereadores rejeitaram parecer contrário à aprovação do empréstimo, fundamentado na vedação de operações desse tipo no último ano de mandato e ano eleitoral.

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