O governo federal propôs um orçamento de R$ 133,6 bilhões para o Ministério da Defesa no projeto de orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional no final de agosto.
Essa quantia representa a quinta maior dotação entre os ministérios, conforme dados do Ministério do Planejamento e Orçamento.
Dentro desse valor, destacam-se cerca de R$ 2,5 bilhões alocados para o desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro e a compra de caças Gripen, fabricados na Suécia.
Os recursos destinados ao Ministério da Defesa incluem despesas com o pessoal das Forças Armadas, superando as dotações combinadas de vários ministérios, como Transportes (R$ 30,75 bilhões), Justiça e Segurança Pública (R$ 22 bilhões) e Ciência e Tecnologia (R$ 16,7 bilhões).
Em relação aos gastos discricionários, que o governo pode controlar, a defesa nacional contará com R$ 12,8 bilhões em 2025, também ocupando a quinta posição nesse critério.
A proposta orçamentária destaca a importância do Ministério da Defesa em garantir a soberania do Brasil, enfatizando a necessidade de uma Estratégia Nacional de Defesa que abranja quatro eixos principais: a organização das Forças Armadas, a reorganização da Base Industrial de Defesa, a composição dos efetivos e o futuro do Serviço Militar Obrigatório.
Do montante total, R$ 4,7 bilhões estão destinados a despesas obrigatórias, incluindo a segurança da navegação aquaviária pela Marinha, a fiscalização de produtos controlados pelo Exército e a gestão do espaço aéreo pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Esses itens abrangem atividades essenciais para a operação das forças militares.
O Ministério da Defesa apresentou projetos significativos para o próximo ano, incluindo o Programa Nuclear com R$ 600 milhões e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) com R$ 1,51 bilhão.
O PROSUB visa a construção de submarinos nucleares e convencionais, com importantes etapas de testes e entregas previstas para 2025.
Para o Exército, destacam-se investimentos em Forças Blindadas, com R$ 622 milhões destinados à modernização de viaturas, e no Sistema Integrado de Fronteiras, que receberá R$ 200 milhões para aumentar a presença estatal nas fronteiras do país.
A FAB também está contemplada no orçamento, com projetos como o KC-390 e a aquisição dos caças Gripen, que juntos receberão bilhões em investimento para garantir a capacidade militar e de transporte aéreo do Brasil.
Além disso, a construção do submarino nuclear, batizado em homenagem ao vice-almirante Álvaro Alberto, é vista como um grande desafio tecnológico e estratégico para o Brasil, com previsão de entrega para 2033 e um custo total estimado em R$ 22,6 bilhões.