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Os ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento anunciaram que o Brasil pagou R$ 1,3 bilhão a organismos multilaterais até o mês atual, zerando todas as pendências financeiras com essas instituições. Essa quitação é vista como um passo crucial para fortalecer a posição do país nas negociações internacionais.

Segundo diplomatas, estar em dia com os pagamentos permite ao Brasil reivindicar ações e cumprir sua função como defensor do multilateralismo. Os pagamentos incluem contribuições a importantes organismos, como:

– Organização das Nações Unidas (ONU)
– Organização Mundial da Saúde (OMS)
– Organização Mundial do Comércio (OMC)
– Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco)
– Mercosul (bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia)

Com essa quitação, o Brasil se junta a um grupo seleto de países que estão plenamente em dia com suas obrigações financeiras na ONU, especialmente em um momento em que a organização enfrenta dificuldades de liquidez. Os recursos destinados à ONU abrangem o orçamento regular, missões de paz e tribunais penais.

O governo federal destacou que, desde 2023, foi iniciado um “esforço” para quitar as dívidas com organismos internacionais. Em 2022, por exemplo, o Brasil teve que saldar R$ 1,1 bilhão em dívidas anteriores relacionadas às missões de paz da ONU.

A inadimplência poderia resultar em perda de direitos, como o direito a voto, prejudicando os interesses do Brasil nas instituições multilaterais, especialmente em um momento em que o presidente Lula defende reformas na “governança global” para aumentar a participação de países em decisões importantes.

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