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O governo federal revelou os detalhes de um corte de R$ 15 bilhões em gastos, inicialmente anunciado há quase duas semanas.

A medida visa assegurar o cumprimento das regras fiscais para 2024.

Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais impactados pelos cortes.

O Ministério da Saúde teve uma redução de R$ 4,4 bilhões, enquanto o Ministério das Cidades perdeu R$ 2,1 bilhões.

Outros setores também foram afetados, com Transportes e Educação enfrentando reduções de R$ 1,5 bilhão e R$ 1,2 bilhão, respectivamente.

O principal programa de obras do governo, o PAC, teve R$ 4,5 bilhões congelados.

Como o PAC distribui investimentos entre várias pastas, isso pode ter impacto adicional nas áreas de Cidades e Transportes.

Além disso, R$ 1,1 bilhão em emendas parlamentares também foram cortados.

O Orçamento de 2024 reserva cerca de R$ 50 bilhões para emendas, que são divididas em três categorias: individuais, bancadas estaduais e comissões.

O ajuste fiscal também inclui o congelamento de R$ 9 bilhões em despesas discricionárias da União, que são gastos não obrigatórios.

Já os gastos obrigatórios, como salários de servidores, não foram afetados.

O detalhamento dos cortes foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O ajuste foi feito para aderir a dois mecanismos de controle fiscal: o arcabouço fiscal e a meta fiscal.

O arcabouço fiscal limita o crescimento dos gastos a 2,5% ao ano, descontada a inflação.

Quando as despesas projetadas ultrapassam esse teto, o governo realiza um bloqueio, que no caso atual somou R$ 11,2 bilhões.

Por outro lado, a meta fiscal exige que o governo mantenha um déficit zero, excluindo despesas financeiras.

Caso haja arrecadação acima do esperado, o contingenciamento pode ser ajustado.

Recentemente, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que o governo deverá enfrentar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme previsto pelo arcabouço fiscal.

A meta do governo é de déficit zero, mas a legislação permite uma variação de 0,25 ponto percentual do PIB, resultando no teto de R$ 28,8 bilhões para o rombo.

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