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Presidente não detalha critérios, mas reforça cautela em decisões e preocupação com o governo

O presidente Lula enviou uma mensagem clara aos líderes do centrão hoje, afirmando que só considerará a demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, caso a Justiça tome “alguma medida efetiva” contra ele. No entanto, o presidente não deixou claro aos interlocutores o que exatamente considerará como “medidas efetivas da Justiça” que poderão levar ao afastamento do ministro.

Em uma conversa com representantes do centrão, Lula enfatizou que já foi alvo de injustiças no passado e que não pretende tomar “medidas açodadas”. No entanto, ele também destacou sua preocupação em não deixar o governo exposto a eventuais escândalos ou desvios éticos.

A declaração do presidente ocorre em meio à Operação Benesse, que busca desarticular uma suposta organização criminosa envolvendo desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, com a participação do ministro Juscelino Filho.

O ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recentemente autorização para buscas e apreensões nos endereços de Juscelino Filho no âmbito da Operação Benesse, o que adiciona complexidade ao caso.

A Operação Benesse, conduzida pela Polícia Federal, tem como objetivo desmantelar uma suposta organização criminosa suspeita de promover fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos, com alegações de envolvimento de verbas federais destinadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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