O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , expressou preocupações em relação às investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) durante uma entrevista à Folha de S.Paulo. Ele especificamente criticou a operação da PF que investigava supostas fraudes na compra de kits de robótica em Alagoas, seu reduto eleitoral.
Nessa operação, ex-assessores e aliados de Lira estavam sendo investigados, e o próprio deputado teve seu nome mencionado no inquérito. Em julho deste ano, a investigação foi suspensa por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da defesa de Lira.
Lira argumentou que a investigação se baseava em alegações e a considerou um abuso e um excesso. Ele enfatizou que nada havia sido comprovado e que a operação foi anulada pelo ministro Gilmar Mendes.
Quando questionado sobre a atuação do ministro da Justiça, Flávio Dino, que supervisiona a PF, Lira afirmou manter uma boa relação com ele. No entanto, ele alertou para a importância de evitar excessos por parte do governo, tanto na relação com a oposição quanto na atuação da Polícia Federal.
Lira destacou que é fundamental que a PF atue de acordo com a lei e não seja utilizada para fins políticos. Ele afirmou que o governo deve ter cuidado com os excessos que estão ocorrendo e que essas questões precisam ser tratadas com responsabilidade e dentro dos limites legais.