Um dia antes de ser exonerado, secretário de Braide instaurou sindicância para apurar denúncias de irregularidades

Um dia antes de ser exonerado, o então titular da Secretaria Municipal de Governo, (SEMGOV), da Prefeitura de São Luís, Eneas Garcia Fernandes Neto, instaurou uma Comissão de Sindicância para investigar “possíveis irregularidades por esta secretaria”.

“Além de se tratar de prática delituosa, também é considerada infração disciplinar. Portanto, se faz necessário a instauração de ‘Sindicância’ visando sedimentar as informações e apurar as responsabilidades”, diz a Portaria nº 1.295, de 28 de março de 2023. Eneas Garcia foi exonerado no dia seguinte, 29 de março, pelo prefeito Eduardo Braide.

A criação da comissão de sindicância por Eneas tem origem em informações contidas no processo 11.817/2022, que, em sua conclusão, pede que sejam tomadas medidas necessárias para apurar “possíveis irregularidades pela SEMGOV”.

A comissão – A comissão de sindicância criada por Eneas ficou constituída pelos técnicos municipais Ângela Rosa Marques Mendes, Pollyanna Batista de Sousa Santos, e pelo agente administrativo, Ademir Ferreira Leite.

A exoneração – A decisão do prefeito Eduardo Braide de exonerar Eneas Fernandes foi tomada após uma série de críticas e denúncias relacionadas ao trabalho do secretário. Braide estaria insatifeito com a atuação de Enéas Neto à frente da Secretaria Municipal de Governo. O prefeito teria recebido várias reclamações e denúncias de irregularidades relacionadas ao trabalho do secretário, o que motivou a decisão de demissão.

Enéas Garcia Fernandes Neto era responsável por gerenciar as atividades políticas do governo municipal, além de ser um dos principais articuladores das ações do prefeito. No entanto, sua gestão foi alvo de críticas por parte de diversos setores da sociedade, que questionavam a eficácia e transparência das políticas públicas implementadas pela Secretaria de Governo.

Embora a exoneração de Enéas Garcia Fernandes Neto tenha gerado polêmica, o prefeito afirmou que a medida foi necessária para garantir o bom andamento das atividades do governo municipal e manter a transparência e a ética na administração pública.