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Preso na última sexta-feira, 23, pelo assassinato de Joanilde Paulino Guajajara no município de Amarante do Maranhão, ocorrido no bairro Industrial, na noite da última quarta-feira (21), Wendel Silva Machado, de 33 anos, irá a júri popular.

Joanilde, Wendel e Carla

A Justiça confirmou a decisão da juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré, que respondia pela 2ª Vara Criminal de Imperatriz, e acatou denúncia do Ministério Público estadual referente a outro feminicídio cometido por Wendel. Porém a data do julgamento ainda não foi marcada.

O réu confesso matou a facadas a ex-companheira Carla Tayra Sousa de Oliveira, de 19 anos, na cidade de Imperatriz. O corpo dela foi encontrado às margens da Avenida Pedro Neiva de Santana. Horas após o crime, a polícia localizou Wendel bebendo em um bar no bairro Bacuri.

Ao ser abordado pela guarnição, Wendel jogou a chave de uma caminhonete embaixo de um balcão e informou aos policiais que estaria de moto. Os militares encontraram a chave e, durante buscas no interior do veículo, foram encontradas manchas de sangue no painel.

“O veículo tinha pequenas quantidades de sangue no assoalho, mais precisamente no tapete do passageiro. Tudo indica que ele efetuou algum golpe dentro do veículo e posteriormente terminou de realizar o assassinato na parte exterior do carro”, informou o perito criminal Décio Carvalho na época do crime.

Mesmo com a barbárie, a Justiça decidiu que Wendel responderia ao crime em liberdade, até que o criminoso fez uma nova vítima com mesmos requintes de crueldade do primeiro crime.

Segundo feminicídio – Wendel matou a namorada Joanilde em Amarante do Maranhão na residência do casal, no bairro Industrial no último dia 21 e estava foragido mas foi capturado dois dias depois no Povoado Piripiri, entre as cidades de Amarante e Grajaú. Ele reagiu a abordagem, resistindo a prisão e acabou baleado no pé, Wendel foi encaminhado para o hospital e depois para o Plantão Central em Imperatriz.

O corpo de Joanilde foi encontrado pelo pai dela, com as mãos amarradas para trás com fita adesiva e várias marcas de facada. A vítima era técnica de Enfermagem e deixou duas filhas, que não eram registradas como filhas de Wendel.

Reação – A ministra dos Povos Indígenas, a maranhense Sônia Guajajara, se manifestou sobre a morte  da indígena Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara. A segunda vítima de Wendel era do Território Indígena Arariboia.

“Quando falamos que mulheres não estão seguras sequer em sua própria casa, é sobre isso. Joanilda foi morta em sua residência, lugar que deveria ser um espaço seguro para ela e para todas as mulheres”, lamentou a ministra.

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