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A sexta edição do estudo “Desafios da Gestão Municipal 2024” realizado pela consultoria Macroplan, que avaliou 100 cidades brasileiras mais populosas, aponta São Luís na 81ª posição dos serviços públicos. O levantamento é baseado em indicadores públicos nas áreas de saúde, educação, saneamento e segurança. (Acesse AQUI a lista)

Com relação à Educação, de acordo com dados do IBGE, a capital maranhense alcançou 5,5 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Fundamental I na rede pública em 2023, nota menor que a média dos 100 maiores municípios do país analisados. Já no Fundamental II, São Luís alcançou 4,5 pontos, nota menor que a média entre as demais cidades.

Com relação ao censo escolar, a estimativa de atendimento das crianças de 4 a 5 anos em pré escolas em São Luís em 2023 foi de 100,0%, maior que a média dos 100 maiores municípios do país. O município tinha a 1ª melhor posição no indicador nesse conjunto de municípios em 2023. Havia 29.804 crianças de 4 a 5 anos matriculadas em pré escolas em 2010. Em 2023, o número de matrículas foi para 25.988. Essa variação correspondeu a 12,8% de queda das matrículas entre 2010 e 2023.

Na área da Saúde, a taxa de mortalidade infantil em São Luís foi igual a 17,5 por mil nascidos vivos em 2022, maior que a média dos 100 maiores municípios do país. Essa foi a 97ª menor taxa de mortalidade infantil nesse último ano. Entre 2010 e 2022, a taxa de mortalidade cresceu 9,4% no município.

A taxa de cobertura da população por equipes de atenção básica em São Luís alcançou 64,3% em 2023, taxa menor que a média.

Área degradada próxima ao Mercado Central

No saneamento básico,  conforme dados do Ministério das Cidades, São Luís alcançou 92,8% da população atendida por serviço de abastecimento de água em 2022. Esse percentual foi menor que a média dos 100 maiores municípios analisados. Com relação a rede de esgoto, estima-se que apenas 20,6% tenha sido tratado naquele ano.

Na área da segurança, a taxa de homicídios em São Luís variou de 45,1 para 27,0 por 100 mil habitantes entre 2010 e 2022. Nesse último ano, a cidade apresentou uma taxa maior que a média dos 100 maiores municípios do Brasil, ocupando a 70ª melhor posição no ranking. O número de homicídios em São Luís passou de 458, em 2010, para 280, em 2022, uma variação de -38,9% no período.

Confira a avaliação completa dos índices avaliados em São Luís AQUI

“Desafios da Gestão Municipal 2024” – As cidades analisadas representam cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas enfrentam desafios distintos. O índice mostrou que as regiões Sudeste e Sul estão em uma posição mais favorável, abrigando os 25 municípios melhor avaliados. Goiânia (27ª) e Palmas (28ª) foram as cidades com melhor classificação fora dessas regiões. As cinco cidades com os melhores índices foram Maringá (PR), Franca (SP), Jundiaí (SP), Uberlândia (MG) e Curitiba (PR).

Os únicos estados com cidades entre as 25 melhores foram Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo. No entanto, as regiões Norte e Nordeste se destacam com 16 das 25 cidades pior avaliadas, incluindo seis municípios do Rio de Janeiro, dos quais cinco estão na Baixada Fluminense.

As cinco últimas posições foram ocupadas por Nova Iguaçu (96ª), Porto Velho (97ª), Belford Roxo (98ª), Duque de Caxias (99ª) e Macapá (100ª). A diferença de pontuação entre Maringá, com índice de 0,765, e Macapá, com 0,403, ilustra a discrepância no atendimento com políticas públicas, mesmo considerando populações similares. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maringá tinha cerca de 410 mil habitantes em 2022, enquanto Macapá contava com pouco mais de 442 mil moradores, sendo a pobreza da capital um fator significativo, com menos da metade do PIB per capita da cidade paranaense.

Os indicadores analisados abrangem o período entre 2010 e 2023, criando um índice próprio com critérios semelhantes ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), acompanhando a trajetória dos dados municipais nas últimas cinco gestões.

O estudo incluiu uma maioria de cidades da Região Sudeste, com 30 municípios do estado de São Paulo, a unidade federativa mais representada. Em contrapartida, os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins tiveram apenas suas capitais avaliadas. Brasília, no Distrito Federal, não foi considerada.

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