Allan Kardec Duailibe critica setores do Ibama que atendem a interesses dos países europeus
Uma das vozes mais atuantes do país em defesa da exploração de petróleo e gás da Margem Equatorial, Allan Kardec Duailibe, presidente da Gasmar, teceu duras críticas ao veto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Petrobras, emitido esta semana.
A estatal planeja investir em torno de US$ 3,1 bilhões até 2028 na perfuração de 16 poços na região em um projeto considerado como oportunidade inigualável de crescimento econômico.
Desde maio de 2023, a petrolífera não consegue obter autorização do Ibama, que alega “potenciais riscos ambientais” na exploração de petróleo na Margem Equatorial.
“Para quem leu, está claro que não é um parecer técnico, mas um documento com fortes resíduos de setores ideológicos do Ibama, hoje marcado por uma divisão. Foram 26 assinaturas de ativistas, que não são técnicos da área de exploração de petróleo. Esses ativistas não aceitam que agem de forma obediente à Europa”, critica Duailibe.
O ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Allan Kardec, que é professor universitário, mestre, doutor e pós-doutor, opina que até mesmo a Justiça brasileira possibilita recorrer das decisões.
E compara a luta da Petrobras para autorização ambiental com o mito grego de Sísifo, condenado por Zeus a empurrar uma pedra, rolando sempre para baixo quando ele se aproximava do topo, tendo que começar tudo de novo.
A negativa do Ibama foi seguida de fortes repercussões entre autoridades de todo o país, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli, que se manifestou nas redes sociais com o argumento de que o Brasil “não pode abrir mão de suas riquezas”.
“A Guina cresceu 38% em 2023, foi o país que mais cresceu no mundo. Mas o Brasil não pode. Empresas dos EUA estão lá explorando petróleo, mas Petrobras não pode”, provocou.
Nos últimos anos, o presidente da Gasmar tem mantido diálogos frequentes com representantes do setor de petróleo e gás, com a classe política e com pesquisadores de universidades.
Contrário ao veto do Ibama às operações da Petrobras, na segunda maior reserva de petróleo e gás no planeta, com enorme potencial de riquezas, inclusive no Maranhão, ele vem atuando nacionalmente com argumentos científicos, econômicos e políticos a favor da exploração das riquezas petrolíferas.