Neste sábado, 2, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, anunciou que responderá “rigidamente” a qualquer ataque de Israel e dos Estados Unidos, intensificando as ameaças em meio ao apoio iraniano a movimentos armados na região.
A declaração ocorre enquanto grupos pró-Irã no Iraque lançaram drones contra Israel, que os interceptou.
Khamenei advertiu os dois países, afirmando que “certamente receberão uma resposta rígida pelo que fazem contra o Irã, sua nação e a frente de resistência”.
Esse posicionamento reforça o apoio iraniano a grupos como o Hamas, no conflito em Gaza, e o Hezbollah, no Líbano, ambos envolvidos em combates intensificados contra o exército israelense.
CONFLITOS E MOVIMENTAÇÕES MILITARES
Israel mantém operações militares contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano, movimentos apoiados pelo Irã.
As tensões entre Israel e o Irã se agravaram nos últimos meses com trocas de ataques, aumentando o temor de uma expansão regional do conflito.
O governo dos Estados Unidos, aliado de Israel, anunciou novos destacamentos militares para a região.
Entre as medidas de defesa, foram incluídos sistemas antimísseis, aviões de combate e bombardeiros B-52 que chegarão “nos próximos meses” com o objetivo de proteger Israel e alertar o Irã sobre possíveis retaliações.
LANÇAMENTOS DE DRONES CONTRA ISRAEL
No sábado, uma coalizão de grupos pró-Irã no Iraque, chamada “Resistência Islâmica no Iraque”, assumiu a responsabilidade por ataques com drones contra Eilat, no sul de Israel.
O exército israelense interceptou três desses drones sobre o Mar Vermelho, após ter realizado, em 26 de outubro, ataques contra bases iranianas em resposta ao lançamento de mísseis.
O porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, Ali Mohammad Naini, ameaçou uma “resposta firme e poderosa”, prometendo retaliação aos ataques israelenses em território iraniano.
OFENSIVA DE ISRAEL EM GAZA E O AUMENTO DE TENSÕES NO LÍBANO
Em Gaza, Israel ampliou sua ofensiva em áreas do norte e centro do território, com bombardeios em Jabaliya, Beit Lahia e Nuseirat, que resultaram em três mortes, conforme a Defesa Civil local.
Segundo o exército israelense, dezenas de membros do Hamas foram mortos em Jabaliya e um túnel do grupo teria sido destruído na Cidade de Gaza.
No Líbano, o Hezbollah afirmou ter disparado foguetes contra bases israelenses perto de Tel Aviv e Haifa, além de outras regiões do norte de Israel.
Em resposta, Israel bombardeou áreas ao sul de Beirute e no sul do Líbano, deixando ao menos um morto e 15 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
IMPACTO HUMANITÁRIO E NÚMEROS DE VÍTIMAS
O conflito, que teve início em 7 de outubro após um ataque do Hamas ao sul de Israel, já provocou números elevados de vítimas em Gaza e no Líbano.
Em Gaza, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, relatou 43.314 mortes desde o início das hostilidades.
No Líbano, após bombardeios intensificados por Israel desde setembro, 1.900 mortes foram registradas, segundo dados oficiais.
Enquanto a escalada de violência persiste, líderes mundiais seguem pressionando por uma resolução pacífica, mas, até o momento, os esforços internacionais não têm surtido efeito.
Com o apoio ao Hezbollah e ao Hamas, o Irã promete continuar sua defesa aos aliados, deixando o futuro da região cada vez mais incerto.