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O 3º Tribunal do Júri de São Luís condenou Raimundo Alves da Costa a 16 anos, três meses e 16 dias de prisão pelo crime de tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira, Jeane Diniz Rodrigues.

O caso ocorreu na madrugada de 28 de março de 2022, na residência da vítima, localizada no bairro Cohama, onde o réu a agrediu com golpes de garrafa de vidro.

O julgamento foi realizado no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau, e encerrado na tarde de quinta-feira, 14.

Raimundo Alves, que já estava preso, foi imediatamente reconduzido à Penitenciária de Pedrinhas, onde deverá cumprir sua pena em regime inicial fechado.

A sessão foi presidida pela juíza Gláucia Helen Maia de Almeida, titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís.

O promotor de Justiça Marco Aurélio Ramos da Fonseca atuou na acusação, enquanto o defensor público Fábio Marçal Lima representou a defesa do réu.

Durante o julgamento, quatro testemunhas, incluindo a própria vítima, prestaram depoimentos.

Jeane Rodrigues relatou um histórico de violência física e psicológica sofrida durante os seis anos de relacionamento com Raimundo Alves.

Ela também revelou que o acusado agredia os dois filhos do casal e frequentemente fazia ameaças de morte, mesmo após a concessão de medidas protetivas de urgência.

Por solicitação de Jeane, o réu foi retirado do salão do júri durante seu depoimento.

A vítima descreveu os traumas causados pelo crime, que ainda exigem acompanhamento psicológico constante.

Raimundo Alves foi condenado por tentativa de homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e feminicídio, inserido no contexto de violência doméstica e familiar.

A juíza destacou o ciúme obsessivo do réu como agravante do crime e considerou reprovável o fato de a agressão ter ocorrido dentro da residência compartilhada.

Na sentença, foi negado ao condenado o direito de recorrer em liberdade, reforçando a gravidade do caso e a necessidade de proteção à vítima e seus filhos.

CONTEXTO DO CASO

Jeane Diniz já possuía medidas protetivas de urgência contra o agressor, que, no entanto, continuou a persegui-la e desrespeitar as decisões judiciais.

A tentativa de feminicídio reforça a urgência de ações mais rigorosas para prevenir a violência doméstica e proteger mulheres em situações de risco.

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