O estudante de medicina, identificado como Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, morreu após ser atingido por um disparo de arma de fogo durante uma abordagem da Polícia Militar (PM) na madrugada de quarta-feira, 20.
Marco, que estava no penúltimo ano de graduação, cursava medicina na Universidade Anhembi Morumbi e também era atleta do time de futebol da faculdade.
Filho de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros, Silvia Mônica e Júlio Cesar Acosta, Marco nasceu em São Paulo.
Seus pais chegaram ao Brasil há 27 anos e sempre incentivaram o filho em sua trajetória acadêmica e esportiva.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso ocorreu após Marco Aurélio supostamente colidir com o retrovisor de uma viatura policial e fugir.
Ele teria resistido à abordagem dos policiais militares Yuri Martins de Almeida e Guilherme Augusto Macedo.
Imagens de câmeras de segurança mostram o estudante correndo desarmado e sem camisa pelas escadarias de um hotel, seguido pelos policiais.
Um dos PMs o agarrou pelo braço enquanto apontava a arma para ele. Em seguida, Marco tentou se defender de um chute dado pelo outro policial, o que levou à queda do militar. Nesse momento, o primeiro policial disparou contra o estudante.
O boletim de ocorrência alega que Marco tentou pegar a arma de um dos policiais, mas as imagens não corroboram essa versão, reforçando os questionamentos sobre a conduta dos envolvidos.
INVESTIGAÇÃO E AFASTAMENTO
Em nota, a SSP-SP informou que os policiais foram indiciados e que investigações estão sendo conduzidas pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ambos os agentes foram afastados das atividades operacionais até a conclusão do caso.