O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, solicitou que as autoridades brasileiras cumpram o mandado internacional de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, caso ele compareça à cúpula do G20, que será realizada em novembro no Brasil.
A declaração foi feita após a Inteligência ucraniana apontar a possibilidade de Putin participar do encontro.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu em março de 2023 um mandado de prisão contra Putin, acusando-o de crimes de guerra relacionados à deportação de crianças ucranianas durante a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O Kremlin rejeitou o mandado, classificando-o como “nulo e sem efeito”, e nega as acusações de crimes de guerra.
Kostin afirmou em entrevista à Reuters que é crucial que a comunidade internacional permaneça unida para responsabilizar Putin.
Apesar do convite oficial do Brasil para a participação de Putin no G20, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ainda não foi tomada uma decisão sobre a presença do presidente russo no evento.
Kostin alertou que, se o Brasil não cumprir o mandado, poderá criar um precedente perigoso em que líderes acusados de crimes de guerra possam viajar sem enfrentar consequências.
O TPI reiterou que cabe aos Estados-membros a responsabilidade de cooperar para a execução de suas decisões, incluindo a prisão de acusados.