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O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, o desembargador Froz Sobrinho, suspendeu uma liminar  assinada pelo juiz Mazurkiévicz Saraiva de Sousa Cruz, que determinava o afastamento do prefeito de Carolina, Dr Erivelton Neves, e do secretário municipal de Educação e vice-prefeito José Ésio Silva, pelo período de 180 dias, devido ao descumprimento de medidas judiciais que obrigavam os gestores a regularizar o serviço de transporte escolar no município.

Prefeito Dr Erivelton Neves

Esta sentença atendia uma solicitação feita pelo Ministério Púbico estadual, no último dia 5 de outubro, por meio do titular da Promotoria de Justiça da comarca, Marco Túlio Rodrigues Lopes, em Ação Civil Pública. Na ocasião ficou estabelecido o bloqueio de R$ 1 milhão dos cofres municipais, valor que equivale à soma dos contratos e licitações irregulares referentes ao transporte escolar no município.

O presidente do TJMA, apesar de ter decidido em manter os gestores em seus respectivos cargos até o julgamento definitivo, manteve o bloqueio de recursos.

Até que a questão do transporte escolar seja resolvida, as verbas públicas municipais destinadas a festas, comemorações, Carnaval, incluindo contratação de artistas ou bandas, bufê e montagem de estruturas, bem como os gastos do Município com publicidade/propaganda, ficam bloqueadas, mesmo que já estejam empenhadas.

Tanto o prefeito como o secretário terão que apresentar um relatório trimestral sobre o serviço de transporte escolar do Município, incluindo documentações e publicações de quaisquer ações e compromissos da Secretaria de Educação.

As multas  sobre os patrimônios pessoais do prefeito e do secretário de Educação, no valor R$ 400 mil (20% do valor da causa) também foram mantidas.

Veja a íntegra da decisão: Número: 0825850-33.2024.8.10.0000

ENTENDA O CASO – No julgamento da Ação Civil Pública do MPMA, em decisão liminar, de 24 de janeiro de 2024, a Justiça estabeleceu o prazo de 10 dias úteis para que Erivelton Neves e José Ésio Silva regularizassem o serviço de transporte escolar. À época, foi fixada multa diária no valor de R$ 10 mil, em caso de descumprimento, a ser paga pelos gestores.

A liminar havia determinado, ainda, a proibição do emprego de qualquer veículo irregular, a exemplo dos paus-de-arara, ou que não tivessem condições ideais de funcionamento, além da substituição dos carros em condições precárias por outros em perfeitas condições, com acessibilidade para pessoas com deficiência.

Ambos descumpriram e esta razão a Justiça determinou o afastamento do prefeito e do secretário.

Reveja o pedido do MPMA:

MP pede afastamento do prefeito de Carolina e bloqueio de R$ 1 milhão nas contas do município

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