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Os erros de cunhagem podem transformar moedas comuns em verdadeiros tesouros, com valores que superam o que está impresso nelas. Um exemplo notável é uma moeda de R$ 1 de 1998, que pode chegar a valer até R$ 1.200, segundo o catálogo “Moedas com Erros”, elaborado por Lucimar Bueno e Edil Gomes.

Esse valor elevado é atribuído a um erro específico, conhecido como “reverso invertido 180º”, onde a imagem da parte de trás da moeda aparece de cabeça para baixo em relação à face correta. Esse tipo de erro é extremamente raro e cobiçado por colecionadores, o que contribui para sua alta valorização. Devido à raridade, também existem casos de falsificações que tentam imitar esses exemplares.

Além da moeda de 1998, erros semelhantes foram identificados em moedas de R$ 1 produzidas entre 2002 e 2008. Abaixo, estão os valores dessas moedas e seus respectivos anos de fabricação:

– R$ 1.200: 1998
– R$ 450: 2005
– R$ 180: 2002
– R$ 120: 2003, 2004, 2006 e 2007
– R$ 100: 2008

Os aficionados por numismática, o estudo de moedas e medalhas, se referem a quem busca esses itens raros como “colecionadores de moedas anômalas”. Segundo dados da Casa da Moeda, em 1998, foram produzidas 18 milhões de moedas de R$ 1, mas a quantidade exata de erros em circulação é desconhecida.

Essas moedas são compostas por um núcleo de curponíquel e um anel de alpaca, pesando 7,84 gramas — significativamente mais que as 4,27 gramas das moedas da primeira família de real, que foram retiradas de circulação em 23 de dezembro de 2023.

Leandro Tavares, da Numismática Imperium, explica que o processo de fabricação das moedas é automatizado, mas erros podem ocorrer por diversos fatores. “Entre uma batida e outra, a moeda pode girar ou se deslocar, resultando em uma parte fora do cunho ou na não impressão de uma das imagens”, afirma Tavares.

Os erros mais comuns incluem:

– Moeda vazada: onde as datas cunhadas se tornam visíveis no núcleo.
– Cunho impresso de forma deslocada, conhecido como “boné”.

Tavares destaca que erros em cunhagens são comuns em casas da moeda ao redor do mundo, o que alimenta o mercado de colecionadores. Em geral, quanto mais nítido o erro e melhor a conservação da moeda, maior o seu valor.

Se alguém identificar erros como os mencionados, é recomendável consultar um especialista para determinar se a moeda é realmente rara e se pode ser vendida por um preço superior ao valor de face.

O aumento do interesse por moedas com erros, impulsionado por exposições e discussões nas redes sociais, tem levado mais pessoas a buscar esses itens em vez de comprá-los.

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