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No primeiro semestre de 2024, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) registrou 74.677 novos cadastros, um aumento de mais de 16 mil doadores em comparação ao ano anterior, que contabilizou 58.308 pessoas. No Maranhão, esse crescimento foi ainda mais expressivo, com o número de doadores saltando de 528 em 2023 para 1.361 neste ano.

Em 2023, o Redome facilitou 369 transplantes com doadores não aparentados no Brasil e enviou 100 produtos de doadores brasileiros para o exterior. Até junho de 2024, já foram realizados 224 transplantes para pacientes brasileiros e 46 para pacientes internacionais. No último sábado, 21 de setembro, o Dia do Doador de Medula Óssea foi celebrado em todo o mundo, destacando a importância do registro como doador e o impacto significativo que os transplantes têm na vida dos pacientes.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, os doadores não aparentados do Redome representam a única alternativa para a maioria dos pacientes, uma vez que a chance de compatibilidade entre irmãos é de apenas 25%. Essa probabilidade é ainda maior quando ambos os doadores são do mesmo país. Pacientes que não encontram um doador no Brasil podem buscar alternativas em registros internacionais.

Atualmente, entre 65% a 70% dos pacientes que realizam transplante de medula óssea não-aparentado utilizam doações brasileiras, o que demonstra a eficácia do Redome, que se tornou o terceiro maior registro de doadores do mundo, com 5,7 milhões de cadastrados ao longo de 30 anos.

Em 2023, mais de R$ 1,3 bilhão foram repassados para o custeio do Sistema Único de Saúde (SUS) em procedimentos de doação e transplantes, financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec). Até junho deste ano, o Ministério da Saúde já havia investido R$ 718 milhões em atendimentos relacionados a transplantes.

Outros R$ 46 milhões foram destinados ao funcionamento das centrais de transplantes e para projetos que visam fortalecer o Sistema Nacional de Transplantes (STN).

O cadastro de doadores pode ser realizado por pessoas entre 18 e 35 anos em todos os hemocentros públicos do Brasil. Para facilitar o processo, o Redome lançou um aplicativo que oferece informações e permite a realização de um pré-cadastro, além de acompanhar as diversas etapas do registro, conforme a disponibilidade do hemocentro.

O aplicativo também possibilita a geração da carteirinha e da declaração de cadastro, além da atualização dos dados cadastrais do doador, o que é fundamental para garantir o sucesso na localização de doadores compatíveis selecionados.

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