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Um estudo divulgado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) revelou que o Maranhão é o estado brasileiro com o maior percentual de motocicletas em sua frota de veículos, representando 60% do total.

O levantamento, divulgado na segunda-feira, 9, também indicou que, dos 32,5 milhões de proprietários de motocicletas, motonetas e ciclomotores registrados no Brasil, 53,8% não possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida para conduzir esses veículos.

No Maranhão, assim como em outros estados do Norte e Nordeste, o uso da motocicleta como principal meio de transporte é predominante, em parte devido a fatores econômicos e geográficos.

Segundo o estudo, a acessibilidade ao veículo e a dificuldade de obtenção da CNH para grande parte da população explicam os altos índices de proprietários sem habilitação.

Perfil dos proprietários e frota nacional

O levantamento também mostrou que 80% dos proprietários de motocicletas no Brasil são homens, a maioria na faixa etária entre 40 e 49 anos.

Já entre os habilitados, a faixa etária predominante é de 30 a 39 anos. As motocicletas representam atualmente 28% da frota total de veículos no Brasil, com a expectativa de alcançar 30% nos próximos seis anos.

Em termos absolutos, São Paulo lidera o ranking de estados com o maior número de motocicletas, com 7 milhões de veículos registrados, seguido por Minas Gerais (3,5 milhões), Bahia (2 milhões), Ceará (1,9 milhão) e Paraná (1,8 milhão).

Aumento nas infrações e acidentes

O estudo também revelou que, após uma queda no número de infrações cometidas por motociclistas durante a pandemia, houve um aumento expressivo no registro de multas.

Em 2020, cerca de 150 mil infrações foram emitidas, enquanto em 2023 esse número saltou para mais de 1,3 milhão. Até julho de 2024, já foram emitidos mais de 638 mil autos de infração.

A maior parte das multas (80%) está relacionada ao uso inadequado ou à falta de equipamentos de segurança, como o capacete, que responde por 43% das infrações.

Além disso, motocicletas estão envolvidas em pelo menos 25% dos acidentes de trânsito e em mais de 30% das fatalidades.

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