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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou uma alta de 0,13% em setembro, conforme divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado, embora positivo, representa uma desaceleração em relação à alta de 0,19% observada em agosto.

A elevação dos preços foi principalmente impulsionada pela energia elétrica residencial, que passou de uma queda de 0,42% em agosto para um aumento de 0,84% em setembro. Essa variação fez com que o grupo de Habitação registrasse a maior alta percentual, de 0,50%, contribuindo com 0,08 ponto percentual para o IPCA-15.

Apesar do resultado positivo, a alta ficou abaixo das expectativas de economistas, que projetavam uma variação de 0,29% para este mês. Até o momento, o IPCA-15 acumula um aumento de 3,15% em 2024 e de 4,12% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,35% registrados anteriormente.

Sete dos nove grupos analisados pelo IBGE apresentaram alta em setembro:

– Alimentação e Bebidas: 0,05%
– Habitação: 0,50%
– Artigos de Residência: 0,17%
– Vestuário: 0,12%
– Saúde e Cuidados Pessoais: 0,32%
– Educação: 0,05%
– Comunicação: 0,07%
– Transporte: -0,08%
– Despesas Pessoais: -0,04%

O aumento na conta de luz se deve à mudança na bandeira tarifária, que passou de verde para vermelha, gerando um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. Além da energia elétrica, o grupo de Habitação também viu altas nos subitens de água e esgoto (0,38%) e gás encanado (0,19%), impulsionadas por ajustes nas tarifas regionais.

No que diz respeito à Alimentação e Bebidas, o grupo teve uma leve alta de 0,05%, destacando-se o aumento de 0,22% nos preços da alimentação fora do domicílio. Por outro lado, a alimentação no domicílio teve uma ligeira queda de 0,01%, influenciada pela desvalorização de itens como cebola (-21,88%) e batata-inglesa (-13,45%).

O grupo de Transportes apresentou uma queda de 0,08%, refletindo a redução de 0,66% na gasolina e 1,22% no etanol, enquanto o gás veicular e o óleo diesel tiveram aumentos de 2,94% e 0,18%, respectivamente.

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