Esta noite, um eclipse parcial da Lua poderá ser visto em todo o Brasil, e não são necessários equipamentos especiais para observar o fenômeno. No ponto máximo do eclipse, apenas 3,5% da superfície lunar estará escura.
O eclipse terá início com a fase penumbral às 21h41 e 7 segundos (horário de Brasília). A fase de eclipse parcial começará às 23h12 e 58 segundos, atingindo seu auge às 23h44 e 18 segundos. O término do eclipse parcial está previsto para 0h15 e 38 segundos da madrugada de quarta-feira (18), e o fim da fase penumbral será às 1h34 e 27 segundos.
Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua entra na sombra mais escura da Terra, conhecida como umbra. “Durante um eclipse penumbral, a Lua passa por uma sombra mais clara, onde ainda há alguma luz do Sol. Nesse caso, não há alteração visível a olho nu. A fase penumbral é quando a Lua está apenas parcialmente na penumbra, e alguns eclipses são apenas penumbrais,” esclarece Josina.
Quando a Lua entra na umbra, a sombra mais densa e escura, parte dela começa a escurecer, criando o efeito de uma “mordida” escura que aumenta até o máximo do eclipse parcial. Caso a Lua passe completamente pela umbra, ocorre um eclipse total.
A Lua estará alta no céu durante o evento, facilitando a observação em todo o Brasil, desde que o céu esteja limpo de nuvens. Diferentemente dos eclipses solares, os eclipses lunares não representam risco para a visão e podem ser observados diretamente.
A astrônoma destaca que eclipses lunares e solares ocorrem em sequência devido à inclinação de aproximadamente 5 graus do plano orbital da Lua em relação ao da Terra. Sem essa inclinação, cada Lua Nova resultaria em um eclipse solar e cada Lua Cheia em um eclipse lunar.
Após o eclipse parcial desta noite, o próximo evento astronômico será um eclipse anular do Sol, previsto para o dia 2 de outubro, também com transmissão do Observatório Nacional.