A partir de 2025, os alunos do ensino médio experimentarão as mudanças estabelecidas pela recente reforma sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A principal alteração envolve a reestruturação da carga horária, mantendo o total de 3 mil horas para os três anos do ensino médio, mas com novas distribuições entre disciplinas obrigatórias e itinerários formativos.
Para o ensino médio regular, as disciplinas obrigatórias terão uma carga de 2.400 horas, enquanto os itinerários formativos ocuparão 600 horas.
No ensino técnico-profissional, a carga total permanece em 3 mil horas, com 2.100 horas destinadas às matérias obrigatórias e 900 horas para os itinerários formativos.
DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
O novo currículo estabelece um conjunto obrigatório de disciplinas em todos os anos escolares, incluindo português, matemática, ciências da natureza (abrangendo biologia, física e química), ciências humanas (como filosofia, geografia, história e sociologia), inglês, artes e educação física.
Atualmente, apenas português e matemática são obrigatórios durante todos os anos, juntamente com educação física, artes, sociologia e filosofia.
Além disso, a reforma exige que todos os sistemas de ensino ofereçam, no mínimo, dois itinerários formativos em suas escolas, exceto para aquelas voltadas para formação técnica e profissional, que seguem as diretrizes curriculares nacionais de educação profissional e tecnológica (EPT).
VETO DO PRESIDENTE E IMPACTOS NO ENEM
O presidente Lula vetou uma proposta que previa a inclusão dos conteúdos dos itinerários formativos na prova do Enem a partir de 2027.
Segundo o presidente, essa mudança poderia prejudicar a equidade das provas, afetar as condições de igualdade no acesso ao ensino superior e acentuar as desigualdades existentes.
O Enem continuará a abordar apenas as matérias da Formação Geral Básica, que são comuns a todos os estudantes.
DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO
A reforma enfrenta críticas sobre a estrutura das escolas para implementar os itinerários formativos.
Há preocupações quanto à disponibilidade de salas e à qualificação dos professores, o que pode agravar as diferenças na qualidade do ensino entre as redes pública e privada e entre as áreas urbanas e rurais dentro da rede pública.
A reforma do ensino médio representa uma mudança significativa no sistema educacional brasileiro, com o objetivo de ampliar a flexibilidade curricular e oferecer mais opções aos alunos, mas também levanta desafios importantes para sua implementação equitativa.
Essa tal reforma curricular do ensino médio, deveria ser mais bem pensada e avaliada. Há disciplinas perfeitamente dispensadas da obrigatoriedade, de acordo com a carreira que o aluno vai seguir.
Vou fazer engenharia da computação, o que me interessa filosofia, sociologia, artes, ‘balé’, etc.?
Se hoje a evasão escolar é alta, imaginem com essa reforma apresentada por apedeutas ?…