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O jornal Estado de S. Paulo repercutiu, em sua edição deste domingo, 4, o caso do veículo Clio vermelho abandonado com mais de 1 milhão de reais no porta-malas e que envolve irmãos do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e, ao menos até agora, dois funcionários de cargos de confiança do próprio Eduardo em seu gabinete, em Brasília, quando exercia mandato de deputado federal, e no Município.

Crava o Estadão a suspeita de crime eleitoral.

Veja a íntegra da matéria, assinada pelo jornalista Vinícius Valfre.

“A Polícia Civil do Maranhão investiga a origem de mais de R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, encontrado no porta-malas de um carro abandonado em São Luís, capital do Estado. O caso ganhou contornos eleitorais e envolve pessoas próximas ao prefeito Eduardo Braide (PSD), que busca a reeleição neste ano.

O veículo ficou parado por 15 dias em frente a um condomínio de classe média no bairro Renascença até que uma denúncia levou a polícia ao local, na última terça-feira.

O dinheiro estava dividido em notas de R$ 50, R$ 100 e R$ 200. Após a contagem feita com o auxílio de uma máquina, a polícia divulgou que o montante ficou em R$ 1.109.350,00. A suspeita da polícia é a de que o dinheiro tenha relação com o período eleitoral, mas ainda não descarta outras origens ilícitas.

A relação com a política municipal ganhou destaque depois que foram identificados o motorista, o homem que se apresentou como dono do carro e uma antiga proprietária do veículo. A polícia registrou que o motorista que levou o carro até o local em que permaneceu estacionado é Guilherme Ferreira Teixeira, um ex-assessor especial da Secretaria de Governo de São Luís. Ele ocupou o cargo até fevereiro de 2023.

Além disso, o homem que se apresentou aos policiais como dono do veículo é Carlos Augusto Diniz da Costa. Ele tinha um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia da prefeitura de São Luís. Costa foi exonerado depois da repercussão do caso, no dia 31.

Outro veículo – Depois que Guilherme estacionou o carro, um outro veículo parou ao lado para que ele embarcasse no banco do carona. Este outro automóvel está registrado, segundo a polícia, no nome da mãe do prefeito. Ela morreu em 2010.
A prefeitura evitou comentar o assunto. Procurada pelo Estadão, a administração não havia se manifestado até a noite de ontem (sábado) sobre o caso ou sobre a exoneração do servidor.

À imprensa maranhense, Eduardo Braide afirmou ter recebido as informações com surpresa. O prefeito disse que vai aguardar o desfecho das investigações”.

One thought on ““Porta-malas com R$ 1 milhão e suspeita de crime eleitoral”, repercute Estadão de S. Paulo

  1. Estacionar um carro por 15 dias com mais de milhão de reais, parece coisa de maluco, ou então deixou o veículo durante todo esse tempo, de propósito, talvez para prejudicar o atual prefeito.
    Pelo tempo de estacionamento, São Luís não têm ladrão de carro…

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