-->

O Maranhão se destaca como o estado com mais localidades quilombolas no Brasil, totalizando 2.025, o que representa 23,99% do total nacional.

Entre os 20 municípios brasileiros com maior presença quilombola, 11 estão no Maranhão, incluindo Alcântara (122 localidades) e Itapecuru-Mirim (121).

Geograficamente, a maioria das localidades quilombolas está na Região Nordeste, com 5.386 comunidades (63,81% do total), seguida pelo Sudeste (14,75%) e Norte (14,55%).

As regiões Sul (3,60%) e Centro-Oeste (3,29%) têm menos localidades quilombolas.

Apesar de ocupar o segundo lugar em número de localidades, a Bahia possui a maior população quilombola do país, com 397 mil pessoas.

Ao todo, 1.700 municípios brasileiros abrigam comunidades quilombolas.

Minas Gerais tem 979 localidades quilombolas, superando o Pará (959). Apenas o Acre e Roraima não possuem localidades quilombolas, enquanto o Distrito Federal registra três.

Apenas 15% das localidades quilombolas (1.200) estão oficialmente reconhecidas pelo Estado.

A única capital na lista é Macapá, no Amapá, na 14ª posição, com 56 registros.

De acordo com o suplemento do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população quilombola do Brasil é composta por 7.666 comunidades que habitam 8.441 localidades em 25 unidades federativas, somando 1,3 milhão de pessoas.

Algumas comunidades abrangem mais de uma localidade, resultando em 775 agrupamentos a mais do que o número de comunidades.

A dispersão geográfica das comunidades quilombolas se deve, em parte, à sua história de resistência ao racismo e à violência, que obrigou muitos a se dispersarem espacialmente, criando diversas localidades.

Pela primeira vez, o Censo 2022 coletou informações específicas sobre pessoas quilombolas, classificando-as com base na autoidentificação, independentemente da cor de pele declarada.

As comunidades foram informadas pelos próprios integrantes.

As localidades quilombolas foram definidas pelo IBGE como “lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas e que estão relacionados a uma comunidade quilombola, contando com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *