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A inadimplência em São Luís caiu para 30,9% em junho de 2024, o menor índice desde maio de 2020, quando estava em 26,8%.

Esse dado é do último relatório da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

A pesquisa indica que a queda da inadimplência representa uma redução de 5% em relação a maio de 2024 e de 12% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em junho, o número de famílias inadimplentes em São Luís era de 97.210, mostrando uma diminuição após um período de estabilidade.

A Fecomércio atribui essa redução à manutenção da taxa básica de juros em 10,5%, que reduz os custos de empréstimos e facilita o pagamento das dívidas.

Além disso, 6,3% dos entrevistados indicaram que não terão condições de pagar suas dívidas, o que representa uma estabilidade em relação ao mês anterior e o menor percentual desde junho de 2020.

Esse dado sugere que a inadimplência pode continuar a diminuir nos próximos meses.

O tempo médio de atraso das contas em São Luís é de 58 dias, um dia a mais que no mês anterior.

A proximadamente 54,9% das famílias relataram atrasos de 30 a 90 dias, 20% até 30 dias, e 24,9% com atrasos superiores a 90 dias.

O comprometimento médio com dívidas é de 6,3 meses, sendo que 35,5% das famílias têm dívidas que variam entre 6 meses e 1 ano, especialmente entre aquelas com renda de até 10 salários-mínimos.

Sobre o endividamento, 73% das famílias de São Luís estão comprometidas com algum tipo de dívida, totalizando 229.430 famílias.

Esse índice apresenta uma leve queda de 0,55% em relação a 2023 e uma redução de 2% em relação ao mês anterior.

Entre essas famílias, 10,2% se consideram muito endividadas, um número estável em relação a maio, enquanto 32,5% se veem como pouco endividadas, uma redução em comparação aos 33,5% do mês anterior.

Manoel Barbosa, presidente em exercício da Fecomércio-MA, destacou que os dados de junho de 2024 são positivos para os ludovicenses e para os empresários, mostrando uma queda na inadimplência. Isso sugere um cenário econômico favorável, com maior capacidade de consumo pelas famílias e movimentação da economia.

Barbosa também observou um consumo mais consciente e direcionado durante as festividades juninas.

Entre as modalidades de dívida, o cartão de crédito lidera com 70,6% dos endividados utilizando-o.

Houve um crescimento no uso do crédito pessoal, que passou de 5,8% para 6,2%, e no financiamento de veículos, que aumentou de 8,1% para 8,5%.

Esse aumento pode ser explicado pelo crescimento no crédito destinado às famílias brasileiras e pelo aumento nas modalidades rotativas, conforme dados do Banco Central.

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