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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revisou a certificação para exportação de carnes de aves e seus derivados após a confirmação de um foco de Doença de Newcastle (DNC) em uma unidade de produção avícola comercial no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.

A revisão afeta as vendas para 44 países e varia conforme os mercados.

A certificação de exportação é um acordo bilateral entre países, e o ministério ajustou preventivamente o Certificado Sanitário Internacional (CSI) para cumprir com as garantias e requisitos acordados.

Para países como China, Argentina, Peru e México, a suspensão se aplica a todo o território brasileiro. Os produtos afetados incluem carnes de aves, carnes frescas de aves e seus derivados, ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins terapêuticos, preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue.

Do Rio Grande do Sul, as exportações estão restritas para diversos países, incluindo África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Europeia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Os produtos abrangem carne fresca, resfriada ou congelada de aves, ovos e ovoprodutos, carnes, produtos cárneos e miúdos de aves, farinha de aves, suínos e de ruminantes, cabeças e pés, gorduras de aves, embutidos cozidos, curados e salgados, produtos cárneos processados e termoprocessados, e matéria-prima e produtos para alimentação animal.

No raio de 50 km do foco, estão restritos para exportação carnes de aves, farinha de aves, penas e peixes para alimentação animal e produtos cárneos cozidos e termicamente processados não comestíveis derivados de aves, para o Canadá, Coreia do Sul, Israel, Japão, Marrocos, Maurício, Namíbia, Paquistão, Tadjiquistão e Timor Leste.

Os certificados para esses destinos, com data de produção até 8 de julho, não estão sujeitos às restrições e poderão ser emitidos.

Os produtos submetidos a tratamento térmico, como termoprocessados, cozidos e processados destinados a Argentina, África do Sul, Chile, União Europeia e Uruguai, não enfrentam restrições e poderão ser certificados normalmente.

O Mapa informou que as regras de suspensão são revisadas diariamente em função das negociações com os países parceiros, onde são apresentadas as ações em curso para erradicar o foco.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil, atrás apenas de Paraná e Santa Catarina.

Nos primeiros seis meses do ano, o estado exportou 354 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 630 milhões.

Essas exportações representaram 13,82% dos US$ 4,55 bilhões gerados pelo Brasil e 14,1% das 2,52 milhões de toneladas exportadas pelo país no mesmo período.

Os principais destinos da carne de frango do estado foram Emirados Árabes Unidos (48 mil toneladas/US$ 94 milhões), Arábia Saudita (39 mil toneladas/US$ 77 milhões), China (32 mil toneladas/US$ 52 milhões) e Japão (20 mil toneladas/US$ 43 milhões).

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