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Desde a implementação da reforma trabalhista (Lei 13.467/17) em 2017 e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmando que a contribuição sindical não é mais obrigatória anualmente no contracheque dos trabalhadores, os sindicatos em todo o Brasil têm enfrentado uma significativa redução no número de associados e, consequentemente, em suas receitas líquidas.

Alguns sindicatos chegaram a encerrar suas atividades por não conseguirem mais sustentar seus custos operacionais.

Esta queda drástica de associados foi confirmada por números divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, no módulo de Características Adicionais do Mercado de Trabalho.

De acordo com o levantamento, em 2023 havia apenas 8,4 milhões de sindicalizados no país, representando 8,4% do total de 100,7 milhões de pessoas ocupadas.

No ano anterior, em 2022, eram 9,1 milhões de sindicalizados.

Em 2012, no início da série histórica da pesquisa, os sindicalizados representavam 16,1% dos trabalhadores, totalizando 14,4 milhões de pessoas.

Desde então, houve um crescimento gradual até 2016, seguido por um rápido declínio nos anos seguintes.

Mesmo com a recuperação do mercado de trabalho, a taxa de sindicalização continuou a diminuir, culminando na menor taxa já registrada pela PNAD – 8,4% em 2023.

Além da reforma trabalhista, outro fator apontado por especialistas como contribuinte para a redução no número de sindicalizados é o fenômeno da pejotização, facilitado pela flexibilização dos contratos de trabalho promovida pela legislação federal.

A PNAD também revela que as quedas mais significativas na sindicalização ocorreram entre trabalhadores da indústria, administração pública, comércio e agricultura.

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