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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (20) um levantamento alarmante sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com os dados, em 82% das principais áreas de atuação, as mulheres receberam remuneração média mensal inferior à dos homens ao longo de 2022.

Entre as 357 áreas analisadas, apenas em 63 (18%) as mulheres obtiveram salários médios equivalentes ou superiores aos dos homens. Setores como Saúde, Educação e Artes, cultura, esporte e recreação se destacaram por registrar diferenças salariais significativas em desvantagens para as mulheres.

Por exemplo, na área de Saúde humana e serviços sociais, as mulheres ganharam em média R$ 2.514,52, enquanto os homens receberam R$ 2.926,35. Na Educação infantil e ensino fundamental, a diferença foi ainda mais acentuada, com salários médios de R$ 3.932,52 para mulheres e R$ 4.845,77 para homens. Já em Artes, cultura, esporte e recreação, as mulheres receberam R$ 2.470,35 em média, enquanto os homens ganharam R$ 2.603,15.

O estudo revelou que o salário médio das mulheres foi de R$ 3.241,18 em 2022, o que representa uma diferença de 17% em relação ao salário médio dos homens, que foi de R$ 3.791,58 no mesmo período.

A pesquisa, realizada com base no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) de 2022, excluiu apenas os Microempreendedores Individuais (MEI) e destacou que as desigualdades salariais equivalem não apenas diferenças de gênero, mas também estruturais no mercado de trabalho brasileiro.

Os dados ainda evidenciam que, em 17 dos 20 grandes grupos de atividades econômicas classificados pela CNAE, as mulheres ganham menos que os homens. A maior discrepância foi observada no grupo de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, onde os homens receberam 68,7% a mais que as mulheres.

A pesquisa do IBGE também abordou a distribuição salarial por região, destacando o Nordeste como a região com os menores salários médios do país em 2022, com R$ 2.809,16 mensais para pessoal ocupado assalariado, em comparação com a média nacional de R$ 3.542,19.

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