O secretário da SEDEPE, José Reinaldo Tavares, e o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, serão os anfitriões da apresentação do primeiro projeto integrado de energia renovável do Maranhão
Um projeto integrado de energia renovável (hidrogênio verde, amônia e fertilizantes verdes) do Maranhão será apresentado na próxima sexta-feira (26), 15h, no Salão Nobre da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), pela empresa britânica Nextgen Hydrogen UK. O palestrante convidado é investidor, CEO da NextGen Hydrogen e da Consultoria Matrix na Inglaterra, Wesley Paul.
Com objetivo de atender ao mercado brasileiro do agronegócio, em especial à região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e a outros segmentos que busquem descarbonizar seus processos produtivos, além de exportar amônia verde para mercados globais, a iniciativa marca o início de uma transformação energética sustentável para o setor produtivo local, rumo a um futuro mais verde e próspero.
Articulação e divulgação – A SEDEPE desempenhou um papel fundamental na realização do projeto, agindo como articuladora e facilitadora entre os investidores e os principais atores logísticos, como a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e a VLI, empresa de soluções logísticas que integra ferrovias, portos e terminais. Além disso, a equipe da Secretaria trabalhou na identificação das áreas mais adequadas para a implantação dos parques eólicos e solares, que garantem um processo eficiente e sustentável.
Foram seis meses de trabalho, com divulgação de informações técnicas sobre o Maranhão e suas vantagens diferenciais para a produção de energias renováveis e hidrogênio verde (h2v). Entre essas vantagens, destacam-se: a intensidade solar, ventos regulares, abundância de águas superficiais, logística marítima e ferroviária eficiente, terras com custo acessível, implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), estratégica para o mercado do agronegócio com possibilidade de instalação de uma siderúrgica de Aço Verde, além de incentivos fiscais atrativos previstas nesta área de livre comércio.
A estimativa é de 22 bilhões de dólares de investimentos no Maranhão em projetos integrados de energia renovável, amônia verde, h2v, fertilizantes, iniciando em 2024 até a fase final, em2032, com 10 gigawatts de energia no total, o dobro da Serena (antiga Ômega). A perspectiva é de geração de 10 mil empregos diretos e 10 a 15 mil indiretos durante os próximos anos.
O projeto a ser apresentado tem capacidade de gerar réditos de carbono para abater emissões de cerca de 20 milhões de toneladas de CO2 por ano. A geração de descarbonização do setor de fertilizantes e do agronegócio promove condições para que outras empresas (siderurgias, petroquímica, cimenteiras) venham se instalar no Maranhão para adescarbonização dos seus processos produtivos.
O palestrante convidado, Wesley Paul, atuou por 25 anos como Head da Carteira de Investimentos do Banco J.P. Morgan em Londres e Nova York e é membro do Conselho Superior da Universidade de Surray UK. O investidor já está no Brasil e, na última terça-feira (23), em Brasília, apresentou o projeto ao presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli, acompanhado do secretário José Reinaldo Tavares e do assessor especial de Articulação Institucional da SEDEPE, José Domingues.
Evento importantíssimo para o desenvolvimento do Maranhão. Oportuno e necessário. Eu diria até que já estamos em atraso. Mas antes tarde do que nunca!
Tenho acompanhado de perto o processo de implantação da Zpe Maranhão! Espero ver esse processo concluído e acreditar que realmente venha tirar o nosso querido Maranhão dessa triste realidade de miséria!