-->

O vice-presidente executivo da Federação, Luiz Fernando Renner, falou na Comissão de Assuntos Econômicos da Alema 

O vice-presidente executivo da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Luiz Fernando Renner; o coordenador do Observatório da Indústria do Maranhão, Carlos Jorge Taborda, e equipe técnica da Federação participaram de reunião ordinária da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (10/04). A convite do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, deputado Júlio Mendonça, a equipe apresentou dados e discutiu sobre “Os desafios e perspectivas da Política Industrial no estado do Maranhão”. Além dos demais deputados que compõem a Comissão, participaram da discussão o secretário estadual de Indústria e Comércio, Júnior Marreca, e Dionatan Silva, presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

O presidente da Comissão, o deputado Júlio Mendonça, disse que a Assembleia Legislativa do Maranhão sabe da importância do setor industrial para a geração de empregos e não pode ficar de fora dessa discussão. “Queremos saber da FIEMA, SEINC e Imesc quais as perspectivas para o setor industrial até 2026”, sintetizou. O secretário da SEINC, Júnior Marreca, apresentou os investimentos no Maranhão tanto na indústria quanto no comércio, assim como a geração de emprego e renda.

 “O Maranhão é um estado de muita oportunidade. E muitos investimentos serão aportados no estado para dar continuidade ao trabalho que está sendo desenvolvido”, disse o secretário, destacando que o produto Interno Bruto do Maranhão (PIB) é o melhor do Nordeste. Marreca elencou ainda investimentos como o da Inpasa, da ordem de R$ 2,5 bilhões; Alumar, R$ 3 bilhões e da Equinox Gold, de R$ 700 milhões.

Já Dionatan Silva, presidente do Imesc, apontou as atividades mais expressivas no estado, investimentos em curso e os previstos, assim como oportunidades de novos investimentos. “Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) foram os que mais cresceram depois da indústria extrativa, notadamente a partir de 2012, em decorrência da implantação de empresas voltadas à geração de energia elétrica e gás natural”, pontou durante a reunião. Participaram ainda os deputados Ricardo Arruda, Ariston Ribeiro, Francisco Nagib, Janaína Ramos e J. Pinto.

ZPE – O vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, falou da necessidade de se pensar os investimentos a longo prazo e citou como exemplo de oportunidades a exploração das Bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão, na Margem Equatorial do Brasil, e suas reservas de gás natural e petróleo; energias renováveis e o setor aeroespacial. Ele destacou ainda o papel das FIEMA como articuladora, incentivadora e apoiadora das ações do Governo e sua participação direta nas ações de atração de investimentos. Além disso, Renner enfatizou que o Sistema FIEMA (SESI, SENAI e IEL), está pronto para capacitar mão de obra e prestar serviços, como de saúde e segurança no trabalho a empresas de todos os segmentos.

“Na realidade nós não temos política industrial nem no Brasil nem no Maranhão. O que nós temos são políticas de incentivos fiscais de atração de investimentos. Vemos uma atuação muito forte de estados vizinhos como o Piauí e o Ceará e nos questionamos o porquê de não estarmos fazendo o mesmo. Esses estados estão usando suas Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) com esse objetivo, enquanto nós ainda estamos tentando instalar a nossa. E enquanto não tivermos uma ZPE, ficaremos ‘amarrados’ na atração de investimentos e nos limitando à vinda de empresas do agronegócio enquanto temos muitas outras vocações”, avaliou Renner.

O coordenador do Observatório da Indústria do Maranhão, Carlos Jorge Taborda, apresentou dados sobre o “Panorama da indústria brasileira e do Maranhão”. Ele explicou sobre a Nova Indústria Brasil (NIB), lançada recentemente pelo Governo Federal com apoio empresarial por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre as principais características estão: promover a inovação, produtividade e crescimento econômico, mas também a transição energética e resiliência em cadeias de suprimentos; a priorização de algumas atividades e tecnologias; inclusão de políticas setoriais como apoio à pesquisa e desenvolvimento (P&D); disponibilização de incentivos às empresas e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e estabelecimento de condicionalidades.

Ele informou que o PIB do Maranhão foi de R$ 124 bilhões em 2021; que a indústria foi o setor que mais ganhou participação no PIB maranhense entre 2011 e 2021 e que os setores que mais ganharam participação no mesmo período foram “Celulose e papel” e “Metalurgia”. “O Maranhão tem muitas oportunidades dentro dos nichos potenciais das indústrias que compõem as seis missões da Nova Indústria Brasil, a exemplo da bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energética”, disse Taborda, acrescentando que a cada R$ 1,00 produzido na indústria são gerados R$ 2,69 na economia brasileira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *