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O acesso à educação e a independência financeira permite que mulheres saiam de situações de vulnerabilidade e adquiram autoconfiança para tomarem as rédeas de suas vidas, transformando totalmente a sua realidade. E aqui no Maranhão não faltam exemplos de que basta uma oportunidade para que essa mudança aconteça. Por meio dos seus programas sociais e das políticas públicas de inclusão, o Governo do Estado tem garantido que milhares de mulheres maranhenses possam viver com mais dignidade.


Entre os diversos programas do Governo do Maranhão que têm transformado a vida das mulheres maranhenses está o Mais Renda, cujo objetivo é garantir a inclusão produtiva de famílias em situação de vulnerabilidade social por meio da inserção e organização dos empreendimentos existentes na informalidade, buscando ampliar a renda desses trabalhadores.

O programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes). “Somente aqui na Sedes, coordenamos os programas Mais Renda, Formando e Cozinhando e o Minha Renda, que fomentam a inclusão sócioprodutiva e o empreendedorismo de mulheres em vulnerabilidade social. São muitos os testemunhos de mulheres beneficiadas por estes programas que conseguiram mudar a sua realidade e das suas famílias. E este é o compromisso do Governo do Maranhão”, afirma Paulo Casé, titular da Sedes.

Os beneficiários do programa recebem kit de negócio composto por fardamento oficial, utensílios e equipamentos, como carrinhos adequados à venda de alimentos ou para o manuseio da área da beleza.

Em execução em 118 municípios maranhenses, o programa Mais Renda já beneficiou 5.724 empreendedores nas atividades de alimentação, beleza, confeitaria e costura, com investimento de mais de R$ 10 milhões de reais. Vale ressaltar que 83% dos beneficiários do Mais Renda são mulheres.

Mudança de vida
Entre estas mulheres está Ana Lúcia Costa, de 49 anos. Mãe de um filho e avó de dois netos, após começar a empreender com o Mais Renda, ela já conseguiu realizar diversos sonhos como reformar a casa onde mora. Mas nem sempre foi assim.

“Eu tinha um carrinho de churros, só que não me ajudava muito. Eu trabalhava na Pracinha da Lagoa, onde eu tinha que pagar licença. Se chovesse, eu ficava na chuva. Se eu não pagasse a licença, eu não poderia trabalhar”, lembra Ana Lúcia Costa.

A transformação veio com o Mais Renda. “Depois que eu consegui o carrinho do Mais Renda eu fui muito gratificada e minha vida mudou. Eu consegui reformar minha casa, graças a Deus. Eu agradeço muito o Governo do Maranhão por essa oportunidade. Agradeço de coração”, diz Ana Lúcia Costa.

E por meio do programa Ana Lúcia Costa pode ainda montar um negócio para garantir uma renda extra para o sustento de sua família. “O meu sonho era ter uma sorveteria. Ano passado, eu trabalhei em todos os dias da Expoema com o meu carrinho do Mais Renda. Com isso eu comprei meu freezer para vender sorvete. Eu comecei vendendo quatro baldes, hoje, vendo três sabores diferentes”, conta.

E ela tem mais sonhos sendo planejados. “Meu próximo objetivo é comprar um carro para trabalhar porque a gente depende muito de Uber e, às vezes, o Uber não vem, mas a gente tem que trabalhar”, comenta.

Melhora na saúde
As dificuldades financeiras, além de dificultarem o sustento das famílias, também afetam a saúde mental das pessoas. Este também era o caso de Ana Lúcia Costa, que teve mais uma mudança positiva com o Mais Renda.

“Hoje, eu ajudo minha família, eu não tenho mais depressão. A partir do momento que eu entrei no programa a minha depressão acabou e eu estou muito feliz. Quando eu tinha depressão, eu não andava sozinha. Hoje, eu consigo abraçar as pessoas, dar bom dia. Isso para mim era uma barreira. Eu tinha medo. Hoje, eu tenho outra vida. Esse programa é muito especial para mim. Hoje, eu sou outra Ana Lúcia”, comemora.

Além do Mais Renda, o Governo do Maranhão também garante a inclusão socioprodutiva de mulheres por meio do Minha Renda. Dos beneficiários do programa, 93% são mulheres. O Minha Renda também reserva 10% das vagas para mulheres vítimas de violência. O programa garante kit de negócios e uma bolsa de R$ 500 como capital de giro para que os beneficiários possam iniciar o seu pequeno empreendimento, adquirindo os produtos que serão comercializados.

Formando e Cozinhando
Outro programa do Governo do Maranhão que tem transformado a vida das mulheres como Josilene Lopes, 36 anos, é o Formando e Cozinhando. Ela aprendeu a cozinhar aos 8 anos, mas por causa das dificuldades levou muito tempo para realizar o sonho de trabalhar como cozinheira.

“Em 2019, eu comecei empreendendo no Centro Histórico vendendo caldo de feijão, pastel e suco. Eu guardei dinheiro e montei uma pequena frutaria. Com a pandemia eu tive que fechar, porque não tinha mais como vender nada. Após a pandemia eu comecei a trabalhar no churrasquinho de uma amiga minha, dando apoio para ela para conseguir juntar um dinheiro, mas depois de um tempo consegui um emprego fixo em outra área”, conta Josilene Lopes.

Quando ficou desempregada novamente, Josilene Lopes voltou para a cozinha. “Eu montei um lanche no terraço da minha casa, que começou a vender muito bem. Então, eu comecei a arrumar o quintal e comecei a vender comida todos os domingos. Comecei com mocotó, depois coloquei outros pratos como feijoada, peixada, camarão, sarrabulho e tripinha de porco. Depois comecei a abrir também aos sábados. E foi dando muito certo e eu continuei”, informa.

Foi quando ela descobriu o Formando e Cozinhando por meio das redes sociais do Governo do Maranhão. “Eu me interessei de cara pelo programa, me inscrevi e tive a sorte de ser chamada. Eu fiz todo o curso, passei por todo o processo e graças a Deus eu me formei. Esse curso abriu um leque de oportunidades para mim que eu não fazia ideia”, explica.

Hoje, Josilene Lopes aplica o que aprendeu no curso em seu restaurante de comida caseira. Mas tem outra mudança importante que o Formando e Cozinhando trouxe para a vida dela. “Esse curso trouxe para mim a importância da valorização do profissional de cozinha. Eu sempre amei cozinha, mas eu tinha vergonha de dizer que era cozinheira. Hoje, eu tenho o maior orgulho de abrir minha boca e dizer que este é o meu trabalho”, assinala.

O Formando e Cozinhando promove a qualificação das habilidades para profissionais da cozinha sem formação técnica, de baixa renda, com experiência mínima comprovada de 2 anos, e idade igual ou superior a 21 anos, através de aulas teóricas e práticas ministradas por gastrólogos, gastrônomos, nutricionistas, e chefs de cozinha pratas da casa. Segundo dados da Sedes, 85% do público beneficiado pelo programa são mulheres.

Ressocialização por meio da educação
Mas não é apenas a oportunidade de empreender que tem transformado o dia a dia das mulheres maranhenses. Por meio de programas educacionais o Governo do Maranhão também tem contribuído para transformações sociais. Entre as beneficiárias destes programas está a população feminina do sistema carcerário, permitindo a ressocialização.

Érika Mendes, que está no 6º período do curso de Serviço Social, é uma destas beneficiárias. “Assim que eu adentrei ao sistema prisional, recebi diversas oportunidades para transformar minha vida. O primeiro deles foi o acesso à leitura. Eu vi nela o benefício para o meu crescimento intelectual, além do benefício da redução da pena. Eu também tive a oportunidade de fazer vários cursos on-line e presenciais. Curso de informática, de culinária, panificação, panetone, teatro e música”, conta.

O projeto Remição pela Leitura foi instituído no Sistema Penitenciário do Maranhão por meio da Lei de Nº 10.606, de 30 de junho de 2017. Além de garantir quatro dias a menos na pena, fortalece os avanços do Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no sistema prisional.

Mas para Érika Mendes o mais importante foi poder ingressar no curso superior. “Eu abandonei os estudos ainda muito jovem por causa de diversas escolhas que eu fiz para a minha vida. E quando eu recebi esta nova oportunidade de estudar, eu não tive dúvidas de que, apesar de estar em um cenário difícil, se eu a abraçasse, eu alcançaria algo melhor para a minha vida”, comenta.

Perto de concluir o curso, ela já faz planos para o futuro. “Depois de formada eu quero assistir os mais vulneráveis, sejam eles idosos ou crianças. Eu desejo realizar este trabalho com êxito, com competência, com humanidade e respeito às pessoas”.

Cecília Teotonho Ventura é outra egressa do Sistema Prisional do Maranhão que teve sua via transformada pela educação. Hoje, ela é formada em Processos Gerenciais e já está na segunda graduação, em Serviço Social.

“Os projetos educacionais foram os que mais me encantaram e também os que mais me beneficiaram. Eu fiz duas faculdades graças a esses projetos. O primeiro Enem que eu fiz tive nota 580. No segundo, a nota foi 870”, diz com orgulho Cecília Teotonho Ventura.

Ela ingressou no sistema prisional em novembro de 2015 e já no início de 2016 começou a participar projeto Remição pela Leitura. Ela participou também do programa Rumo Certo, uma iniciativa inédita do Governo do Maranhão, lançada em 2017, para o aumento do nível da escolaridade e profissionalização no âmbito do sistema prisional.

“No Sistema Prisional ou você luta ou você perde a esperança. E muitas mulheres, assim como eu, abraçam as oportunidades que são oferecidas lá. Durante as aulas preparativas para o Enem eu ouvi uma frase de Fernando Sabino que me impactou. ‘Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um’. E isso me fez refletir que eu estava recebendo vários pontos de partida e eu foquei”, diz.

Hoje, com sua primeira graduação, Cecília Teotonho Ventura trabalha como auxiliar administrativa em uma faculdade privada, mas já sonha com o que fará após concluir a segunda graduação. “Eu quero seguir para a área do meu sonho, que é Serviço Social. Quero trabalhar com essas mulheres do sistema prisional, pois, enquanto tiver uma mulher algemada, eu vou me sentir algemada com ela”, conta.

Para Cecília Teotonho Ventura, mais que a remição da pena, os programas desenvolvidos pelo Governo do Maranhão no sistema prisional proporcionam um benefício muito maior. “O nosso maior ganho é a dignidade e poder voltar para as nossas famílias”, finaliza.

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