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Com mais de 72 milhões de brasileiros em situação de inadimplência, conforme dados de fevereiro da Serasa, o governo federal decidiu prorrogar pela segunda vez o programa Desenrola Brasil. O programa tem o objetivo de auxiliar pessoas com dívidas negativadas a recuperarem sua condição de crédito. As ofertas de negociação com descontos para a Faixa 1 do programa foram estendidas até 20 de maio, sendo que o prazo inicial era 31 de março.

De acordo com o Ministério da Fazenda, aproximadamente 14 milhões de pessoas já foram beneficiadas pelo Desenrola Brasil desde o seu início em julho de 2023. Neste período, foram negociados cerca de R$ 50 bilhões em dívidas. Os descontos podem chegar a 96%, e os pagamentos podem ser efetuados à vista ou de forma parcelada.

Empresas como a Serasa, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal são parceiras do Ministério da Fazenda para ampliar o acesso ao programa. Clara Aguiar, especialista em educação financeira da Serasa, destaca a importância de consultar o CPF para mapear as dívidas e criar um plano de pagamento compatível com o orçamento.

O Desenrola Brasil atende principalmente a Faixa 1, que engloba pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Podem ser negociadas dívidas inferiores a R$ 20 mil que foram negativadas entre 2019 e 2022.

No entanto, o programa não é isento de críticas. O economista Hugo Garbe argumenta que o Desenrola Brasil é mais uma medida política do que econômica, sugerindo que soluções estruturais são necessárias para resolver o problema da inadimplência no país. Ele destaca a importância de políticas que gerem empregos, aumentem a renda e promovam a educação para garantir uma melhoria duradoura na qualidade de vida dos cidadãos.

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