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A defesa de alguns réus do caso do 8 de Janeiro protocolou um pedido de suspeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, alegando que ele atuou na prisão de manifestantes quando ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça. O pedido foi encaminhado à Corte no domingo (10).

Segundo o requerimento, o ministro teria agido no processo que buscava a prisão dos suspeitos como parte interessada. Antes de assumir seu cargo no STF, Dino ocupava a posição de ministro da Justiça.

“O julgador é parte interessada no processo. O ministro era ministro da Justiça até poucos dias atrás. Não pode julgar um caso em que ele era parte interessada até dias atrás”, afirmou o advogado Ezequiel Silveira, autor do pedido.

O pedido enviado ao STF diz respeito ao processo de Cirne Renê Vetter, acusado de participar dos atos extremistas ocorridos no início de 2023. Vetter está em liberdade após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, o advogado pretende solicitar o impedimento de Flávio Dino em outros inquéritos relacionados ao caso.

Ezequiel reconhece que a probabilidade de seu pedido ser aceito é baixa: “Todos os pedidos que fizemos nesses casos foram negados. Pedimos a suspeição do ministro Alexandre de Moraes, mas também foi negado. No entanto, é importante registrar nosso pedido.”

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