Técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) e de diversas instituições estaduais e federais estiveram reunidas na manhã desta quarta-feira (7) com o propósito da elaboração de um ambiente de discussão ampliada de gestão e governança dos recursos hídricos do estado.
O objetivo da reunião foi possibilitar ao Maranhão a consolidação de um modelo de viabilidade do uso sustentável dos recursos hídricos.
Uma das principais ações previstas está relacionada à produção de hidrogênio verde, através de um sistema integrado que permita a contemplação das demandas crescentes de energia verde. A congregação de esforços envolvendo parcerias entre órgãos estaduais e federais, como a Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DENOCS), UFMA, UEM, IFMA, CAEMA e outros que ainda serão incorporados ao processo, será coordenada pela SEDEPE e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA).
Ficou estabelecido que as universidades, o IFMA e a CAEMA deverão se reunir para elaborar uma minuta para a construção posterior de um projeto para a regularização de vazões e outros estudos relativos a hidrogênio verde. Nessa etapa das discussões, a própria Agência Nacional de Águas deverá se somar aos órgãos e instituições aqui estabelecidas e contar com a colaboração de um dos maiores especialistas em gestão e governança de recursos hídricos do país, Jerson Kelman, professor doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ex-presidente da ANA e ex-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que participou de modo virtual desta primeira reunião.
Segundo a professora Karina Pinheiro, do curso de Engenharia Civil e integrante da equipe do Núcleo GeoAmbiental da UEMA como chefe do Laboratório de Recursos Hídricos, o projeto que entrará em fase de consolidação contará ainda com a colaboração direta de Bruno Collischonn e Walter Collischonn, gestores atuais da ANA e grandes especialistas em viabilização sustentáveis dos recursos hídricos.
Para o secretário José Reinaldo Tavares, o fato do Maranhão estar situado, do ponto de vista hídrico e climático, numa faixa de transição entre o Nordeste e a Amazônia, lhe confere uma condição singular e estratégica de disponibilidade de recursos hídricos perenes, que podem sustentar a grande dimensão econômica e social prevista para o projeto que deve alçar o Maranhão a um novo patamar de desenvolvimento.