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O Torneio SESI de Robótica da Regional Maranhão, que acontece anualmente, é um momento para que estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio coloquem em prática tudo que aprenderam em áreas como tecnologia, inovação, matemática e linguagens. Mas não é só isso.

É uma oportunidade para que os competidores proponham soluções para problemas sociais reais, com muita criatividade e consciência social.

Nos dias 13 e 14 de janeiro, no Multicenter Negócios e Eventos, das 9h às 17h, mais de 80 equipes das escolas SESI-MA, municipais e de instituições privadas locais e de outros cinco estados irão participar do torneio que é aberto ao público.

Serão quatro modalidades. Duas de apresentação e duas competitivas. As últimas são a F1 in Schools e a FLL.

A modalidade F1 in Schools objetiva a criação de escuderias que funcionam como uma empresa, uma startup, com áreas como gestão, marketing, engenharia e comunicação.

Os competidores devem prototipar um minicarro de Fórmula 1 que seja o mais veloz do torneio. Além disso, precisam desenvolver um projeto social.

A equipe bicampeã em projetos sociais, a Pugnator, tem como alvo do seu projeto social este ano uma iniciativa que visa ao aproveitamento integral dos alimentos como forma de combate à fome.

Júlia Emille explica que a ideia é atacar o problema da insegurança alimentar com o aproveitamento de alimentos que não estão próprios para a vendas, mas ainda podem ser consumidos.

A ideia central é estabelecer uma ‘ponte’ entre os feirantes e os consumidores finais. De um lado a iniciativa aumenta a renda dos que vendem legumes, frutas e verduras e de outro estimula o consumo de uma alimentação mais saudável a um custo menor.

Capacitações sobre manuseio, conservação e aproveitamento integral dos alimentos com receitas criativas em comunidades estão entre as missões da equipe Pugnator em 2024.

Já a equipe Sam Race, também da modalidade F1 in Schools, resolveu desenvolver um projeto social que visa valorizar a cultura maranhense por meio da culinária.

“Usamos a juçara como nosso carro-chefe. Queremos capacitar as comunidades, como Gapara, para produzirem subprodutos, como bolos e geleias, a partir dessa matéria-prima e isso gere renda”, explicou o gestor de projeto social da Sam Race, o estudante Issac Oliveira.

A equipe Sam Race também elaborou um livro que trata de questões como plantio, colheita, processamento e diferentes formas de consumo da juçara e utilização da palmeira como um todo.

Além de geração de renda para as comunidades, a ideia dos alunos é agregar um alimento abundante e nutritivo na dieta dos que mais precisam.

Já a equipe Lipima, formada apenas por mulheres, está focada na revitalização e conscientização sobre o patrimônio histórico de São Luís.

Ester Holanda, que exerce a função de comunicação na sua equipe, conta que todas os projetos trazem os conceitos da inovação, da tecnologia e da sustentabilidade.

Por meio de visitas técnicas ao Centro Histórico, os alunos mapearam questões como pichações nas fachadas e degradações dos casarões que trazem prejuízo ao turismo e ao valor histórico do conjunto arquitetônico.

“Criamos um site no qual reportamos todos os problemas que encontramos”, conta a competidora.

MASTERPIECE – A outra modalidade que compete no Torneio SESI de Robótica é a First Lego League Challenge (FLL), que este ano tem como tema Masterpiece.

Na robótica inspirada em legos, os competidores precisam realizar 15 missões e obter a maior pontuação nos rounds que duram dois minutos e meio.

Os estudantes precisam demonstrar muita habilidade e conhecimento ao programarem seus robôs.

A equipe de Clara Costa Sousa, da FLL, a Gipsy Danger, também é formada apenas por meninas.

Na sua primeira temporada, ela conta que o seu grupo resolveu apostar em uma das paixões do brasileiro: o futebol.

Torcedoras do Flamengo, as meninas transformaram o hobby em uma pulseira eletrônica que busca unir torcedores do Norte e Nordeste do país, que têm menos acesso aos jogos do seu time do coração.

“Desenvolvemos um aplicativo gratuito com a função bluetooth que capta o som dos jogos na TV e envia para a pulseira, que vai vibrar de acordo com as ondas sonoras captadas na narração. “Além da vibração na pulseira, o aplicativo vai mostrar um meme e uma música relacionada à emoção transmitida ao longo da narração”, explicou a competidora, acrescentando que a equipe já pensa em expandir o protótipo para os demais times brasileiros.

A equipe V8, da FLL, também segue nessa direção com o propósito de aliar o hobby da leitura à música.

O estudante Frederico de Sousa conta que seu grupo está desenvolvendo uma plataforma que propõe trilhas sonoras que podem ser compartilhadas pelos usuários com o objetivo de tornar a leitura ainda mais imersiva e prazerosa.

“Queremos que principalmente os jovens tenham uma experiência de leitura mais rica. Gosto de ler para desenvolver um pensamento mais crítico, ter opiniões mais assertivas e não acreditar em fake news”, disse Frederico.

Além da F1 In Schools e da FLL, o Torneio SESI de Robótica no Maranhão terá apresentações não competitivas das modalidades First Tech Challenge (FTC) e FIRST Robotics Competition (FRC), que começou este ano no Brasil.

Nas modalidades expositivas os alunos programam robôs de médio e grande porte, respectivamente.

O Torneio SESI de Robótica no Maranhão tem entrada gratuita e conta com o apoio de diversas empresas e entidades, tais como Água Viva, O Boticário, Bumba Alimentos, ENEVA, Kart São Luís, SESC, Rosa Branca, SINDIPAN, SENAI, IEL, com o patrocínio da Pulse e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo do Maranhão – SECMA, além da Solar Coca-Cola. O evento tem a correalização da FAPEMA, SEBRAE, F1 In Schools e First Lego League Challenge, com a organização do SESI Casarão da Indústria, e é realizado pela FIEMA e SESI.

Além das escolas da Rede SESI em São Luís, Imperatriz e Bacabal, participam estudantes de escolas municipais que integram o Projeto Prototipando Sonhos e escolas privadas.

Na edição deste ano, delegações do Piauí, Paraíba, Paraná, Pará e Alagoas se juntam aos competidores maranhenses nas disputas da FLL e da F1 in Schools.

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